14 de novembro de 2013 - 13h00

O Bloco de Esquerda (BE) quer levar à discussão para o Orçamento do Estado (OE) de 2014 o fim das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a realização de "forma geral e universal" de rastreios oncológicos.

Em conferência de imprensa no parlamento, em Lisboa, o coordenador bloquista João Semedo elencou uma série de propostas do partido para a área da Saúde, mesmo reconhecendo "não sentir nenhuma abertura" do ministro da área, Paulo Macedo, para "mudar o sentido da sua política".

"A Saúde precisa de investimento, não de cortes", reclamou João Semedo, para quem os 300 milhões de euros anunciados de cortes na área em 2014 revelam a "fraqueza política de Paulo Macedo".

Os cortes no setor, sublinhou, terão consequências "muito negativas" como o aumento das listas de espera, mais cidadãos ficarem sem médico de família, o fecho e encerramento de unidades e serviços, o agravar do racionamento de medicamentos e o despedimento de funcionários do SNS, entre outras.

O Bloco, nas suas propostas, pede que os hospitais do SNS que funcionam em edifícios das misericórdias não sejam entregues a estas no que à sua gestão e exploração diz respeito.

O partido pede também, por exemplo, que os medicamentos para tratamento da doença de Alzheimer passem a ser comparticipados a 90% "desde que sejam prescritos por médicos neurologistas ou psiquiatras".

A isenção de IVA em terapêuticas não convencionais, como na acunpuntura, fitoterapia, homeopatia ou medicina tradicional chinesa é também reclamada.

O BE quer ainda um internato médico no SNS para "todas as pessoas que tenham concluído a licenciatura em medicina ou o equivalente mestrado integrado em medicina".

Lusa