A campanha do BE passou na tarde de segunda-feira pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde Catarina Martins visitou a unidade de acidentes vasculares cerebrais - e até recebeu uma rosa amarela - e esteve reunida com a administração, tendo no final afirmado aos jornalistas "o Serviço Nacional de Saúde, com todas as dificuldades que atravessa, é do melhor que o país tem" e os "hospitais da Universidade de Coimbra são uma referência".

"Precisamos de respeitar os profissionais do SNS porque precisamos que todo este investimento, todo este conhecimento, tudo isto que é o melhor que nós construímos na democracia seja protegido", alertou.

A porta-voz do BE condenou ainda "a crescente dificuldade das pessoas no acesso à saúde, com as taxas moderadoras que aumentaram, com o aumento dos custos de transportes de doentes, com o aumento do preço dos medicamentos".

"Temos aqui o relato de profissionais que fazem milagres todos os dias com poucas condições e que têm salários e carreiras que não os respeitam", enfatizou, acrescentando que os profissionais mais novos "vão tantas vezes para o privado ou para fora do país" por falta de condições de trabalho em Portugal.

Sobre as declarações do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, - que hoje anunciou que o FMI vai fechar o escritório em Lisboa - Catarina Martins foi perentória: "tenho muita dificuldade em comentar o que diz Paulo Portas. Não ouvi as declarações. A última vez que o ouvi com atenção foi quando ele escreveu uma carta irrevogável que afinal foi revogável".

Dos hospitais para a rua, o BE prosseguiu a tarde com uma arruada pela baixa de Coimbra, durante a qual foi abordada por um homem de boina cinzenta que quis dizer à deputada bloquista que esta é das políticas que não o envergonha enquanto português.

"Não voto, mas não é isso que está em causa. O que está em causa é que a vossa postura dignifica este país", acabou por confidenciar.

Catarina Martins ainda o tentou dissuadir e deixou um pedido: "Não deixe que a desilusão com quem o deixou mal seja uma desilusão com a democracia".

A caravana bloquista foi seguindo pelas ruas do centro de Coimbra, com a presença do cabeça de lista pelo distrito, José Manuel Pureza - deputado perdido em 2011 mas que o partido quer recuperar - e a eurodeputada bloquista, Marisa Matias, que também jogava em casa.

Catarina Martins recebeu elogios, palavras de apoio, festinhas na cara e votos de coragem, tendo pedido sempre aos seus interlocutores que ajudem o BE a "dar a volta a isto" no domingo.