"A situação [de infeção de um equídeo] foi identificada no âmbito das ações de vigilância dos serviços veterinários relativamente aos cavalos", disse a delegada de Saúde do Alentejo, Filomena Araújo, que esclareceu não existir informação de qualquer pessoa infetada até ao momento.

No entanto, para prevenir situações de eventual infeção, a Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral emitiu esta semana um comunicado no sentido de "informar a população", bem como de divulgar "recomendações" de "medidas de proteção" em relação aos mosquitos, "que são os transmissores do vírus do Nilo".

Aplicar repelente de insetos, em particular ao amanhecer e entardecer, colocar o repelente após a aplicação do protetor solar, proteger janelas, carrinhos de bebé e berços com redes mosquiteiras, usar calças, camisolas de manga comprida e calçado fechado são as recomendações feitas pela entidade responsável pela Saúde Pública na região.

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A Autoridade de Saúde recomenda ainda "eliminar os locais de reprodução de mosquitos, como poças e charcos". "Neste momento não temos informação de haver pessoas infetadas nem de ter mosquitos também identificados", indicou Filomena Araújo, que esclareceu estar em curso a nível nacional "um programa de vigilância de mosquitos que possam transmitir este tipo de doenças".

"Havendo esta ocorrência, importa-nos alertar as pessoas de modo a saberem como proceder para eventual risco", acrescentou a mesma responsável, que assegura que a "situação está sob controlo".

Vírus não se transmite de pessoa para pessoa

No site da Direção-Geral da Saúde (DGS), o organismo esclarece que o vírus não se transmite de pessoa para pessoa, mas “unicamente por picada de mosquito do género Culex” podendo, “em 20% das infeções, provocar doença febril com manifestações clínicas ligeiras, que raramente pode evoluir para meningite viral”.

A Direção-Geral de Veterinária aconselha a “evitar a frequência de zonas próximas de águas estagnadas, nomeadamente Estações de Tratamento de Águas Residuais ou áreas pantanosas, depósitos de pneus abandonados, jarras de cemitérios e jardineiras de vasos de plantas”.

É recomendando ainda à população em geral o uso de “repelentes de insetos ou sistemas elétricos para afastar mosquitos” e a adoção de “medidas de higiene ambiental que permitam eliminar águas estagnadas”.