Frango, bacon, couve e ovos foram alguns dos alimentos que ingeriu e que, apesar de estarem prontos a ir para o caixote do lixo, não lhe provocaram qualquer tipo de reação alérgica. Não ficou doente, mas a verdade é que notou algumas diferenças no sabor dos alimentos.

“A minha dieta não fugiu do habitual. Comi muitos ovos velhos e bebi muito leite de soja que estava fora do prazo há mais de um mês quando o comprei. Não ganhou uma medalha pelo sabor, mas ligou muito bem com as tortilhas que comi”, começa por explicar Casey Williams, jornalista do site Huffington Post no artigo que escreve sobre esta experiência alimentar. “Os ovos não estavam frescos, e apesar de estarem há duas semanas fora do prazo estavam comestíveis.”

Mas se há alimentos que por um lado podem perder sabor após ultrapassado o prazo de validade, a verdade é que há outros que permanecem como se estivessem sido comprados no dia anterior. “Uma noite grelhei um peito de frango que, segundo a etiqueta, já devia ter sido usado. No dia seguinte comi as sobras. Estavam deliciosas”, refere. “Acontece que se saltear couve, beterraba vermelha e alho francês com um pouco de azeite e sal, independentemente do seu aspeto murcho, o resultado vai ficar muito saboroso.”

Uma das lições o jornalista que tira desta experiência alimentar é o facto do prazo da validade que encontramos em quase todos os produtos que compramos, nem sempre corresponder à realidade. “As datas de validade – que são estabelecidas pelos produtores de comida e não por reguladores governamentais - são uma forma de dizer aos comerciantes quando a comida vai perder a sua frescura e não, propriamente, que o produto já não pode ser consumido”, explica Marianne Gravely, responsável pelo departamento de inspeção e segurança alimentar do sector agrícola.

No final, Casey frisa que é preciso que as pessoas passem a olhar com outros olhos para aquilo que têm casa e acabem com a obsessão em torno dos prazos de validade. “Se cheirar bem e não souber a veneno, não há problema. Caso contrário, deite o produto fora”, remata.

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