O projeto agora aprovado “representa um investimento de cerca de 1.043 milhões de euros, cofinanciado em 85% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e os restantes cerca de 209 mil euros pelo orçamento próprio do CHO”, divulgou hoje a instituição em nota de imprensa.

A candidatura, submetida em setembro de 2015 ao Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública, foi aprovada no início deste mês e permitirá “implementar novas ferramentas que facilitem e poupem tempo ao utente quando este tem de interagir com o CHO”.

Na prática possibilitará, por exemplo, que os utentes dos três hospitais (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) passem a “receber um SMS a relembrar as suas marcações ou remarcações de consultas, evitando assim deslocações aos respetivos hospitais”, explicou o administrador, Carlos Sá, à Lusa, aquando do lançamento do projeto.

Outra das melhorias será o facto de “através do Portal do Utente passar a ser possível ao utilizador monitorizar os seus dados de saúde de forma integrada e ter acesso fácil e rápido aos serviços disponibilizados ‘online’”, explicou ainda a administração, exemplificando com situações concretas como “a marcação de consultas, pedidos ou renovações de medicação ou a consulta dos registos clínicos, entre outros”.

De acordo com a informação divulgada pelo CHO, será possível aceder ao portal através de computadores fixos e portáteis, ‘smartphones’ e ‘tablets’.

A candidatura prevê ainda a criação de quiosques eletrónicos que “possibilitarão a efetivação de consultas, marcação de exames, acesso aos resultados dos exames, ou pagamento das taxas moderadoras através do cartão de multibanco”, evitando assim, segundo a administração do CHO, ”filas de espera”.

A digitalização e desmaterialização dos processos administrativos e assistenciais é outra das vertentes da candidatura, o que, segundo a administração, “facilita a partilha de informação clínica com as restantes entidades de saúde”, que a ela poderão aceder por via eletrónica (com autorização do doente), deixando “ de haver a necessidade de os processos clínicos terem existência em papel”.

O projeto contempla ainda a implementação de uma plataforma de Telemedicina e de Telerradiologia, solução que permitirá a prestações de cuidados de saúde à distância.

O Centro Hospitalar do Oeste abrange uma população direta de cerca de 295 mil pessoas dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.