“O investimento do SNS com medicamentos tem vindo a perder peso relativo ao longo dos anos no montante global público despendido em saúde”, salienta em comunicado a Apifarma, referindo que a falta de fármacos em Portugal “tem origens multifatoriais”.

O esclarecimento surge depois de na terça-feira o Jornal de Notícias ter noticiado que, entre janeiro e junho deste ano, os hospitais gastaram 993 milhões de euros em fármacos, mais 109 milhões do que no mesmo período do ano anterior, num crescimento de 12,3%.

No mesmo dia, à margem da comemoração do Dia Nacional do Farmacêutico, no Porto, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse que o aumento de 109 milhões de euros no mercado hospitalar no primeiro semestre de 2023 ficou a dever-se, em parte, à introdução da inovação terapêutica nos hospitais.

A Apifarma recorda que a despesa com medicamentos em 2022 era de 19,9% dos gastos totais em Saúde, enquanto em 2010 era de 21,2%.