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Maior consumo de resveratrol parece não ter mais efeitos benéficos na saúde para além do normal
14 de maio de 2014 - 08h50
O vinho tinto não é assim tão positivo para a saúde como se pensava. Pelo menos é o que nos diz um estudo levado a cabo na vila italiana de Chianti, que dá nome a um dos vinhos mais famosos do mundo.
Depois de analisarem a saúde de 800 habitantes de Chianti, especialistas concluíram que não há provas do que se pensava ser verdade: que o consumo moderado de vinho tinto tem benefícios para a saúde, nomeadamente cardiovasculares.
Cientistas da escola de medicina da Universidade Johns Hopkins descobriram que não há associação entre a resveratrol – antioxidante encontrado no vinho, chocolate e outros alimentos – e a longevidade, segundo um estudo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine.
O estudo envolveu 787 pessoas com 65 anos ou mais na região de Toscana, na Itália. Os resultados mostraram que não há benefícios para saúde ao consumir níveis mais elevados do que o normal de resveratrol. Também não foram encontradas evidências de que a substância faz bem ao coração ou que tem potencial para diminuir processos inflamatórios no organismo.
Ao longo da pesquisa (realizada entre 1998 e 2009), 268 participantes morreram. Além desses, 174 tiveram alguma doença cardiovascular e 34 foram diagnosticados com cancro. Os números foram iguais entre pessoas com mais ou menos resveratrol no organismo.
Ainda assim, várias investigações têm demonstrado que o consumo de vinho tinto, mas também de chocolate negro e frutos vermelhos contribua para a diminuição de inflamações.
Por SAPO Saúde
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