"O Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira tem vindo a acompanhar todas as questões que nos foram e, são presentes, quer pelos profissionais de enfermagem deste estabelecimento de saúde, quer pelas associações sindicais que os representam", refere, em nota enviada à agência Lusa, o CHCB.

Os enfermeiros do CHCB cumprem esta quinta-feira (25/08) o segundo de dois dias de greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portuguesa (SEP) para reivindicarem a aplicação das 35 horas, a admissão de mais profissionais e o pagamento de todo o trabalho extraordinário.

Guadalupe Simões, do SEP, disse na quarta-feira, em declarações à Lusa, que no início de agosto foi feita uma reunião com o conselho de administração do CHCB na perspetiva de serem admitidos mais enfermeiros para as unidades hospitalares.

A sindicalista explicou que sendo uma matéria da esfera da competência do CA, "o que é verdade é que continua a não haver as admissões [de enfermeiros] necessárias para impedir, por um lado, a redução do número de enfermeiros nos serviços e, por outro lado, para permitir que os enfermeiros não tenham que fazer horas a mais".

O CHCB argumenta que a greve é um direito inalienável de qualquer trabalhador pelo que, relativamente ao seu exercício, não tece quaisquer comentários, mas adianta que o conselho de administração "continuará a analisar esta temática e deliberará sobre ela em conformidade com a Lei e com as responsabilidades gestionárias inerentes à instituição".

Segundo o SEP, neste segundo e último dia de greve, que envolve os enfermeiros do bloco operatório e da consulta externa, a adesão à greve foi de 100% no turno da noite. No turno da manhã, registou-se uma adesão de 44% no hospital Pêro da Covilhã e de 50% no Hospital do Fundão.