"Tínhamos cerca de 89 camas iniciais, depois foi feita essa duplicação com os centros de saúde, em que foram acrescentadas mais 69 camas, e neste momento estamos a fazer essa transição para as 210", adiantou, em declarações aos jornalistas, o secretário regional da Saúde, Luís Cabral, à margem da assinatura de protocolos com duas Misericórdias da ilha Terceira.
De acordo com um despacho conjunto das secretarias da Saúde e da Solidariedade Social, publicado hoje em Jornal Oficial, passam a existir 15 unidades de internamento de cuidados continuados integrados em todas as ilhas, exceto no Corvo, num total de 210 camas.
Estas unidades serão criadas nos centros de saúde e, nos concelhos em que isso não for possível (Ponta Delgada e Lagoa, na ilha de São Miguel, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira, e Horta, na ilha do Faial), serão criados protocolos com instituições particulares de solidariedade social (IPSS) ou Misericórdias.
Os internamentos dividem-se em cuidados de média duração e reabilitação e em cuidados de longa duração e manutenção.
Nos primeiros, existe um internamento previsível de 90 dias, uma exigência de cuidados de enfermagem diários e necessidades ao nível de reabilitação, bem como cuidados médicos três vezes por semana, enquanto nos cuidados de longa duração são exigidos também cuidados de enfermagem diários e cuidados médicos uma vez por semana.
De acordo com uma portaria publicada hoje em Jornal Oficial, nos cuidados de média duração é pago um valor de 88,80 euros por utente, por dia, enquanto nos cuidados de longa duração o valor é de 60,19 euros.
Esse montante é comparticipado pelo utente num valor até 1/30 de 80% do rendimento mensal líquido do respetivo agregado familiar per capita, sendo o restante assegurado pela Secretaria Regional da Solidariedade Social.
Em 2015, serão também criadas unidades de cuidados paliativos nos três hospitais da região e estão previstas 10 camas em São Miguel, seis na ilha Terceira e quatro no Faial, com presença de médicos 24 horas por dia.
Para além destas unidades, serão criadas 17 equipas de apoio domiciliário integrado e 13 equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, constituídas por enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
Segundo Andreia Cardoso, secretária regional da Solidariedade Social, este reforço de camas e de equipas representará um aumento de 2,3 milhões de euros em 2015, o que, em comparação com o ano passado, corresponde a um acréscimo de 56% nas verbas destinados à rede de cuidados continuados.
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