Em 2015, a temperatura média na terra e nos oceanos ficou 0,90 graus Celsius acima da média do século XX, tornando-se a mais elevada desde que começaram os registos em 1880 e deixando muito para trás o anterior máximo, verificado em 2014, com 0,16ºC acima da média, o que torna a diferença - de 0,74ºC - a mais acentuada de sempre entre dois recordes.

Dos doze meses de 2015, dez alcançaram novos recordes de temperatura, tendo dezembro passado sido o mês mais quente dos últimos 136 anos.

Em 1997 registou-se, pela primeira vez, uma subida recorde da temperatura do planeta e, desde então, 16 dos 18 anos que se lhe seguiram foram os mais quentes em 136 anos de medições.

Calor generalizado

Os níveis inesperados de calor verificaram-se um pouco por todo o mundo: na América Central, na metade norte da América do Sul, em regiões do norte, do sul e do leste do continente europeu e no oeste da Ásia, bem como em áreas significativas da Sibéria.

Os termómetros também atingiram níveis sem precedentes em 136 anos em grandes áreas da África Oriental e Austral, no nordeste e na região equatorial do Pacífico e no noroeste do Atlântico, assim como em todo o Oceano Índico e em certas partes do Oceano Ártico.

No ano passado, a temperatura média na superfície da terra ficou 1,33°C acima da média do século XX, a mais elevada verificada no período 1880-2015, e superou o recorde anterior, de 0,25°C, estabelecido em 2007.

Quanto à temperatura global média da superfície dos mares e oceanos, ficou 0,74°C acima da média do século passado, ultrapassando largamente o máximo estabelecido em 2014, de 0,11°C.