Os cuidadores são usualmente familiares, amigos ou vizinhos que se encontram unidos aos doentes por laços afetivos. No processo de cuidar realizam múltiplas tarefas, que envolvem cuidados físicos, emocionais e logísticos de forma a dar resposta às necessidades do doente, não sendo, no entanto, remunerados pelos cuidados prestados. São maioritariamente mulheres, esposas, filhas ou noras.
Atualmente, reconhece-se que cuidar de um familiar com uma doença crónica, ou avançada, incurável e progressiva é um desafio exigente, que envolve tarefas complexas e desgastantes, potencialmente geradoras de sobrecarga física, emocional, psicológica e financeira.
Todavia, poderá ser uma experiência igualmente positiva, na qual os cuidadores experienciam sentimentos de satisfação, gratidão, entre outros.
Para que o cuidador familiar possa prestar cuidados e se cuidar, necessita de ser informado, ensinado e treinado, através do fornecimento de informação adequada, de apoio prático nos cuidados, de uma comunicação efetiva e de uma resposta ajustada às suas necessidades.
Para este efeito, existem equipas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde sediadas nos Centros de Saúde ou no Hospital, às quais poderá recorrer para obter informação, esclarecimento e encaminhamento. Entre elas salientamos as Equipas de Cuidados Continuados Integrados ou as Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos, no âmbito da comunidade (Centros de Saúde) e as Equipas Intrahospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos, no âmbito hospitalar (Hospitais).
Todas estas equipas pertencem à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, a qual dispõem ainda de valências de internamento, designadamente: Unidade de Convalescença; Unidade de Média Duração e Reabilitação; Unidade de Longa Duração e Manutenção e Unidade de Cuidados Paliativos que visam dar uma resposta diferenciada de qualidade, às reais necessidades do doente e família. Para saber qual a resposta mais adequada às vossas necessidades fale com a equipa de saúde que acompanha o seu familiar.
Cuidar poderá ser desgastante, como tal não o deverá fazer sozinho, procure apoio junto da equipa de saúde que os acompanha, de forma a poder também viver o lado compensador desta experiência.
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