Já em criança, Villafane demonstrava a aptidão artística na quinta onde cresceu. O menino criava de raiz os seus próprios brinquedos, utilizando uma matéria-prima comum nas florestas do leste dos Estados Unidos, a madeira.

Mais tarde, quando já frequentava o curso de belas artes na Escola de Artes Visuais de Nova Iorque, Ray Villafane desperta a atenção dos professores. Estes incentivam-no a aprofundar os estudos de escultura e a praticar afincadamente. Nascia um criador que, em breve, se tornaria professor de artes. Nos tempos livres, Villafrane começou a esculpir em pequenas abóboras.

Rápido fez-se notar o talento deste norte-americano para esculpir abóboras e, de uma polpa informe laranja, retirar rostos, expressões, emoções, caricaturas. O criativo tinha nos alunos as suas cobaias. Aconselhavam-no e encarregavam-se de carregar para a universidade dezenas de abóboras.

Em 2004, Ray junta-se a Andy Berholtz e Chris Vierra, fundando o Estúdio Villafane. O trio para além da resposta ao número crescente de encomendas de abóboras esculpidas, viaja pelo mundo, marcando presença em competições e eventos e promovendo formações.

Trata-se, contudo, de uma arte efémera. O miolo da abóbora privado da espessa casca não dura mais de quatro a cinco dias, dependendo da temperatura e humidade. É este o tempo de vida das esculturas de Ray que, não obstante, ficam imortalizadas através da fotografia e vídeo.

Um artista com uma intensa agenda de trabalho. Villafane vive, entre os meses de agosto e novembro, um verdadeiro afã nos Estados Unidos. Trata-se do período que antecede o Halloween o que, compreensivelmente, atrai as atenções sobre o trabalho do escultor. Um trabalho que o criador também já apresentou na Itália, na Rússia, em Porto Rico, no Canadá, na Nova Zelândia e nas Bermudas.