A presidir o júri do concurso onde participaram mais de uma dezena de bolos, de outras tantas pastelarias, esteve o gastrónomo Virgílio Gomes. No final do concurso, a 13 de Abril, Virgílio Gomes sublinhou que nenhum dos pastéis se “distinguiu pela negativa”.

Explicando como se chega ao melhor, o especialista explicou que cinco minutos a menos no forno ou o transporte podem ser suficientes para decidir o pódio.

“Esta é uma arte efémera, nós destruímos os pastéis de nata para os comer. Um ícone da doçaria”, afirmou.

A primeira avaliação é feita com um toque inicial. “Temos de sentir a massa e não é a mesma coisa fazê-lo com os dedos e com a boca”.

Depois é feita a análise ao creme, desde o gosto à textura e finalmente o aspecto geral.

Sobre as dúvidas de leigos em pastéis de nata, o especialista referiu que não são as manchas escuras que podem decidir. “Podem ficar escuros porque o forno estava forte demais, mas mal cozidos”, notou.

A distinção deste concurso numa anterior edição do prémio valeu o aumento de produção de 600 para 2.000 pastéis de nata diários numa pastelaria da baixa pombalina.

O sócio gerente da Chique de Belém, Fernando Ferreira, também espera dar mais trabalho aos seus quatro pasteleiros.

Ainda neste concurso, em segundo lugar, ficou a Pastelaria Cristal, de Lisboa (vencedora da primeira edição do concurso em 2009). A terceira posição foi para a Pastelaria Alcoa, de Alcobaça, especializada em doces conventuais. O júri foi constituído pelo gastrónomo Virgílio Gomes, pelo enólogo Domingos Soares Franco, pelo escanção Manuel Moreira, pelo chefe de cozinha André Magalhães e por Rita Cupido das Edições do Gosto.