Há dez anos o Alentejo ganhava uma nova chancela vínica nascida em território muito próximo da raia portuguesa e com assinatura do clã Nabeiro, indissociável da vila de Campo Maior e da marca de cafés Delta. Em 2007, depois de uma década a amadurecer as suas vinhas sob o sol da planície, a Adega Mayor lançava no mercado as primeiras referências. Iniciava um caminho que incluiu a construção de uma adega de autor, com a mestria de Siza Vieira, viu crescer a equipa de dez para 52 pessoas, arrecadou mais de 300 prémios e apresenta atualmente 15 emblemas vínicos, nascidos nos 180 hectares das vinhas na Herdade das Argamassas e Herdade da Godinha.

Lisboa: Vinhos da Adega Mayor convidam a provar o Alentejo em restaurante Pop-Up
Comendador Rui Nabeiro, o patriarca do Grupo Nabeiro.

Neste junho de 2017, a Adega Mayor chega junto dos consumidores com um reposicionamento da marca, em termos de imagem e de conceito, mas sem perder a alma que a define, “emocional, assente nas relações humanas e aberta aos sentidos”. Isto mesmo sublinhou Rita Nabeiro, CEO da Adega Mayor, na apresentação do restaurante Pop-Up que até 30 de julho dá a provar o universo de vinhos do produtor alentejano casando-os com a cozinha do jovem e talentoso chefe Nuno Bergonse.

Desta forma, a partir deste 28 de junho, o número 30B da Rua do Alecrim, na capital, tem nome. Chama-se temporariamente “Sem Título, by Adega Mayor”. Um espaço onde não faltam alusões a algumas das imagens de marca da vila alentejana, como são exemplo as flores de papel e os apontamentos de cortiça. No que respeita à criação gastronómica e ao seu casamento com os vinhos, vamos encontrar uma atitude irreverente à mesa. Sem revelar todas as facetas destas refeições que ficam nos 35,00 euros por participante (incluindo couvert, entrada dois pratos principais, sobremesa, café e vinhos), refira-se que o comensal deve preparar-se para encontrar à mesa pincéis e bisnagas. A própria mesa será território de degustação irreverente, onde os pratos assumem um carácter secundário (ou inexistente).

Lisboa: Vinhos da Adega Mayor convidam a provar o Alentejo em restaurante Pop-Up
A Adega projetada pelo arquiteto Siza Vieira.

Até ao final do próximo mês, o restaurante temporário vai apresentar três momentos de degustação. No arranque com uma proposta que casa pratos como um tártaro de salmão com abacate, alfarroba e couve-roxa; um polvo assado com molho fricassé; um rabo de boi com gema trufada e pickles de manga, com os cinco monocastas da Adega Mayor. A saber: Touriga Nacional, Adega Mayor Verdelho, Adega Mayor Pinot Noir, Adega Mayor Pinot Gris, Adega Mayor Viognier.

Por agora Nuno Bergonse não revela o que nos aguarda nos dois menus de degustação que se seguem, um a entroncar no mundo da fotografia, outro na área musical. Certo temos que os vinhos do produtor alentejano, assinados pelo trio de enólogos Carlos Rodrigues, Rui Reguinga e Bruno Pinto, chegarão à mesa. Um portefólio que inclui a gama Adega Mayor Caiado, Adega Mayor Reserva e Adega Mayor Seleção, Adega Mayor Reserva do Comendador, Adega Mayor Grande Reserva Pai chão, Adega Mayor Espumante.

Uma diversidade que neste “Sem Título, by Adega Mayor” não se esgota à mesa, pois o piso superior deste espaço Pop-Up funciona como Wine Bar e com uma decoração que reflete de um rebranding da marca que começou a ser pensado há dois anos. Um reposicionamento que, como nos referiu Rita Nabeiro, chega assente num manifesto de dez pontos: “Saber que um sorriso pode conquistar o mundo”; “Saber que com vagar se vai ao longe”, “Sermos eternos aprendizes da natureza”; “Ter orgulho nas nossas raízes e o mundo como horizonte”. Aqui numa clara alusão à vertente exportação destes vinhos, atualmente presentes em 20 países. Uma afirmação no exterior que para a CEO da Adega Mayor assenta na sustentabilidade. “Não queremos estar lá fora só para estarmos fora de Portugal”. Um produtor que no ano transato viu sair da sua linha de engarrafamento um milhão de garrafas e produziu quatro milhões e meio de litros de vinho.

Uma escala que para os responsáveis desta casa Alentejana só tem valor enquanto for válida a expressão que encontramos lavrada numa das paredes deste espaço “Sem Título, by Adega Mayor”, “ser Mayor é não fazer um vinho que não possamos oferecer a um amigo”.

“Sem Título, by Adega Mayor”

Rua do Alecrim, 30B, Lisboa

De 28 de junho a 30 de julho

Horário: Quarta-feira a sábado, ao jantar, das 18h30 às 00h00. Aos domingos para almoços das 12h00 às 15h00.

Reservas: aqui ou pelo telefone: 216 040 375