O valor “está estável à volta dos 15 kg ‘per capita’”, anunciou o diretor do NSC para Portugal, Trond Rismo, em resposta à Lusa.

Apesar de ressalvar que os números do acumulado do ano ainda não estão fechados, o NSC sublinhou não ser expectável que este número diminua.

Só a época do Natal representa 30% do consumo total de bacalhau.

No ano passado, os portugueses comeram cerca de oito toneladas de bacalhau no Natal.

As exportações de bacalhau (inteiro) salgado e seco da Noruega para Portugal atingiram, este ano, 17.915 toneladas, uma quebra de 15% face a 2022, mas o preço subiu 16%.

Por sua vez, as exportações de bacalhau salgado fixaram-se 17.836 toneladas, menos 4%, com o preço a crescer 24%, enquanto as exportações de bacalhau congelado recuaram 7% para 2.877 toneladas, sendo que o respetivo valor subiu também 24%.

Já as exportações de bacalhau fresco/refrigerado da Noruega para Portugal totalizaram 922 toneladas, o que se traduziu numa diminuição de 63%, mas o preço cresceu 30%.

“No que diz respeito ao bacalhau, este ano começou com preços elevados e depois, com o IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] zero, em abril, o consumo melhorou. Após o verão, os preços caíram para os mesmos níveis do ano passado e o consumo parece positivo”, assinalou Trond Rismo.

Contudo, o diretor do NSC para Portugal referiu que os portugueses estão a optar por peixes de menor dimensão, o que pode ter a ver com o preço, mas também com a oferta, tendo e conta que têm sido exportados mais peixes de menor calibre.

Trond Rismo disse ser difícil perspetivar como vai evoluir o consumo no próximo ano, mas notou que o fim do IVA zero “vai certamente” afetar o preço para o consumidor e, consequentemente, o consumo.

“Na Noruega, a quota [de pesca] vai diminuir 20% no próximo ano, o que também significa que haverá menos peixe disponível para os mercados. Isto também pode afetar o preço, mas o mercado português é tão importante que eu acredito que a parceria Noruega-Portugal no que diz respeito ao comércio de bacalhau vai continuar a ser forte”, concluiu.

O NSC é uma empresa pública que pertence ao Ministério do Comércio, Indústrias e Pescas da Noruega.