O 36º Portugal Fashion incluiu no seu programa de desfiles uma ação de sensibilização social. Um jovem com Trissomia 21 – Daniel Maia, com 17 anos – participou no desfile das marcas Cheyenne e Mad Dragon Seeker by Alexandrine Cadilhe e Daniel Simões. O objetivo é sublinhar a ideia de que a Síndrome de Down não tem de ser sinónimo de isolamento social nem é impedimento para a generalidade das atividades humanas. Com o apoio da Palco Sem Barreiras, associação que visa dar maior visibilidade pública aos cidadãos portadores de Trissomia 21, esta ação enquadra-se no dia mundial dedicado a esta alteração genética, o World Down Syndrome Day, que se assinalou a 21 de março.
Para o presidente da ANJE, a participação nos desfiles de um jovem com Síndrome de Down “é uma chamada de alerta para a necessidade de integração
social e profissional dos portadores de Trissomia 21, ajudando a quebrar preconceitos, estigmas e mitos justamente através de uma atividade associada à
perfeição física, como é a dos manequins de moda. Neste sentido, esta iniciativa insere-se na responsabilidade social que a ANJE preconiza para si, para os seus associados e para a sociedade em geral”, conclui João Rafael Koehler.
De resto, este género de ações de consciencialização social não é inédito no Portugal Fashion. Nas 17.ª e 19.ª edições do evento, em 2005 e 2006, teve
lugar a iniciativa 'Moda'r mentalidades', âmbito da qual crianças e jovens portadores de deficiência desfilaram na passerelle ao lado de manequins profissionais e figuras públicas. Organizada pela Corrente Jovem – Associação de Jovens para o Apoio à Pessoa Deficiente, a iniciativa visava essencialmente promover a igualdade de oportunidades, a valorização estética, a visibilidade pública, a integração social e o bem-estar físico da pessoa portadora de deficiência.
Veja o desfile aqui.
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