Trajes de banho e roupões, roupas flexíveis, jogo de assimetrias e transparências: as cores do sul iluminam a coleção prêt-à-porter apresentada numa reprodução da Villa Noailles.

A antiga mansão na Costa Azul, por onde passaram todos os grandes nomes das vanguardas literárias e artísticas europeias, celebra neste ano seu centenário.

"Esta coleção prêt-à-porter é uma homenagem à liberdade e ao movimento", explica a diretora artística da Chanel, Virginie Viard, nas notas do desfile.

A elegância é leve com a profusão de padrões geométricos, quadrados e listras em cores solares.

Os sapatos são planos, chinelos pretos ou sapatilhas. No entanto, os vestidos de festa pretos são usados com botas azul-celeste, em outra referência à Provence.

"Da sofisticação à descontração, o tweed percorre toda coleção, da roupa desportiva à renda: procurei unir os opostos em torno de um espírito o mais descontraído possível", destaca Virginie Viard.

Desenhada em 1923 por Robert Mallet-Stevens para os mecenas Charles e Marie-Laure de Noailles, a villa é uma jóia do modernismo e foi um dos centros de arte mais influentes da época.

Giacometti fez na villa a sua primeira escultura e Man Ray filmou a sua curta-metragem Les Mystères du Château de Dé (1929).

A Villa Noailles recebeu durante quase 40 anos o Festival Internacional de Moda de Hyères, trampolim para a jovem criação que impulsionou as carreiras de vários estilistas renomados, como Antohony Vaccarello da Saint-Laurent.

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