A Câmara de Castelo Branco apresentou, em 30 de junho, o pedido de registo da produção tradicional "Bordado de Castelo Branco", no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas, tendo esse pedido obtido hoje o "parecer positivo" da Comissão Consultiva para a Certificação de Produções Artesanais Tradicionais.

"Este pedido, que já recebeu o parecer positivo, vem assim acautelar o que já existe, permitindo que o bordado de Castelo Branco, um ex-libris do artesanato português, possa ser identificado e reconhecido como património de Castelo Branco", disse hoje à agência Lusa o presidente do município, Luís Correia.

O autarca adiantou que este parecer favorável vem consolidar a reputação de um bordado que já tem mais de três séculos de existência e o seu nome e reputação associados a Castelo Branco, pelo menos, desde finais do século XIX.

"O pedido de registo do Bordado de Castelo Branco decorre da estratégia seguida pela autarquia que visa valorizar e proteger tudo o que tenha a ver com a sua marca identitária", sustentou.

Luís Correia explicou ainda que o município tem desenvolvido um trabalho de valorização do bordado.

Como exemplos dessa estratégia, estão a exposição itinerante, com colchas dos séculos XVIII e XIX, que nos últimos meses tem percorrido o país, ou ainda o desafio que levou a arquiteta e artista plástica Cristina Rodrigues a instalar-se em Castelo Branco para preparar uma exposição em 2017, na Catedral de Manchester, em honra à Rainha Isabel II, onde o bordado de Castelo Branco está presente.

Outro exemplo avançado pelo autarca prende-se com o recente desfile "Castelo Branco Moda ´16", que levou os estilistas Alexandra Moura e Luís Buchinho a idealizarem peças de roupa com aplicações do bordado de Castelo Branco.