Estes activos, provenientes dos venenos destes animais, mantêm os músculos relaxados, prevenindo e suavizando as rugas de expressão.

Quem deixar os preconceitos de lado poderá beneficiar destes activos exóticos, que se demonstram eficazes na conquista de uma pele mais jovem.

A homeopatia é uma ciência energética que usa remédios naturais para aumentar a capacidade curativa do próprio organismo, e que visa tratá-lo na sua globalidade. A doença é encarada como um sinal de desarmonia ou desequilíbrio interior, pelo que os homeopatas procuram resolver os problemas subjacentes em vez de se restringirem aos sintomas específicos.

Para isso utilizam fórmulas homeopáticas especiais, formas altamente diluídas de substâncias naturais que, numa dose potente, acabariam por provocar realmente os sintomas da doença numa pessoa sã. Pensa-se que isto é benéfico, já que os sintomas são considerados meios do corpo combater a doença.

Baseada no princípio dos similares, a homeopatia pode curar uma doença com um produto que, dado em doses ponderais, cria num indivíduo sadio sintomas semelhantes aos manifestados pelo doente.

Hoje em dia, activos como o veneno de alguns animais já são usados em homeopatia para curar algumas doenças, além disso, são também usados em estética, nos cosméticos para rejuvenescer o rosto, cuidar do corpo e prevenir a obesidade.

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Venenos em estética
Provenientes dos três reinos da natureza (animal, vegetal ou mineral), os “Remédios homeopáticos” constituem valiosíssimos aliados para melhorar a nossa saúde e prevenir o desgaste do organismo, bem como os seus sinais consequentes do envelhecimento cutâneo, pelo que a sua utilização vem a estender-se, também, com grande sucesso e eficácia na “Cosmética homeopática” mais revolucionária.

Os venenos são substâncias químicas constituídas, na sua maior parte, por um “núcleo central sulfuroso”, unido a proteínas, lipoproteínas ou a diferentes tipos de enzimas.

Os venenos homeopáticos actuam numa concentração de cerca de 5% ao nível de “séruns” e numa percentagem de 3% em cremes e máscaras, pelo que, a aplicação dos “séruns” sobre a pele do rosto deve ser feita na mínima quantidade (apenas 2 ml) por lhes ser reconhecida uma eficiência poderosíssima.

Assim, actuando em sinergia perfeita com outras substâncias constituintes na composição dos cosméticos em cremes, máscaras, etc. como o Aloé Vera, o Ácido Hialurónico de baixo peso molecular, as Vitaminas A e E, a Centelha Asiática, o Ginkgo, o Ginseng, a cafeína, entre outros, distinguem-se ainda, homeopaticamente, os extractos de certas plantas, tais como a Mandrágora, o Opium, a Cannabis, a Estrela do mar e a Belladona, cuja concentração em cremes é, igualmente, de cerca de 3%.

É desta forma que, através da utilização da “Cosmética homeopática” cuja composição inclui, entre outras substâncias muito específicas, os venenos em ínfimas dosagens, podemos conseguir atingir com êxito os mais diversificados objectivos estéticos, não só para o rosto como para o corpo, tais como: hidratação e regeneração, rejuvenescimento, refirmação, oxigenação, efeito lifting, anti-rugas, couperose, energização, adelgaçamento e anticelulite.

Estes cosméticos podem ser usados em casa e também em gabinetes de estética, em associação a alguns equipamentos, como é o caso da iontoforese (técnica que utiliza eléctrodos e baixa corrente eléctrica para introduzir activos até aos tecidos profundos).

O processo de ionização proporciona uma penetração muito maior e mais eficaz dos activos, conseguindo-se bons resultados.

Conheça os animais venenosos que fornecem o veneno para os comséticos

Animais venenosos e aplicação homeopática dos venenos

Escorpião (Scorpio/Scorpionis)
Os escorpiões aparecem numa lista de medicinas de um papiro do antigo Egipto, mas ignoramos o uso que se lhes era dado. O veneno dos escorpiões é um “cocktail” composto por cerca de 80 péptidos de baixo peso molecular que “reconhecem” canais iónicos de mamíferos.

Estas toxinas desencadeiam a inactivação dos canais de sódio, mantendo-os abertos, favorecendo a despolarização dos músculos e dos nervos.

Actualmente, também se encontrou nos venenos dos escorpiões uma toxina que bloqueia a transmissão sinóptica e produz uma séria perturbação nos processos de excitação e de condução dos impulsos nervosos, para além de alterar os processos neuroquímicos.

A aplicação homeopática deste veneno permite a redução das rugas e a hidratação e regeneração da pele de forma mais suave, mas mais profunda do que outros venenos.

A vantagem é que se diferencia dos venenos da serpente, das vespas e das abelhas, pelo facto de não conter “proteases”, nem factores de irritação.

Curiosidade: o veneno do escorpião é considerado o líquido mais dispendioso do mundo, mais ainda do que o veneno da Cobra Tailandesa, do mercúrio líquido ou da droga LSD. É neste produto de luxo (cujo preço actual de mercado se aproxima dos 8 000 € por litro), que se encontra a clorotoxina, uma substância que pode combater o glioma (tumor cerebral maligno).

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Víbora Amazonas (Lachesis Muta)
Conhecida por “Surucucu” pelos povos indígenas da América do Sul, de onde é originária, dá-se, preferencialmente, em zonas de bosques e regiões tropicais.

Sendo uma serpente muito venenosa, o seu veneno inibe os impulsos nervosos do coração, destrói os eritrócitos e perturba a coagulação.

A sua mordedura directa numa veia, por exemplo, pode acusar a morte imediata. O remédio aprovado pelo Dr. Constantine Hering (1828), administra-se, sobretudo, para as afecções vasculares e circulatórias.

Da família dos Crótalos, o seu veneno é usado como antídoto nas pessoas que são mordidas por ela, uma vez que este antídoto ajuda a contrariar os efeitos da sua mordedura.

Preparação: o veneno extrai-se da serpente viva e dissolve-se em álcool, depois, dilui-se a mistura e agita-se. Os venenos procedentes das variedades do tipo Viperídeo possuem uma composição química muito complexa, com presença de toxinas e enzimas que afectam muitos processos fisiológicos, destacando-se, em particular, o efeito anticoagulante que se desencadeia, especialmente, ao nível local na zona onde se deu a mordedura.

A utilização, em proporções homeopáticas, das propriedades anticoagulantes de alguns componentes do veneno destas serpentes e da Lachesis Muta é muito adequada para os cuidados hidratantes e anti-idade, já que favorece a regeneração celular e aumenta a hidratação cutânea.

É também altamente efectiva no combate à flacidez localizada, uma vez que consegue melhorar a circulação sanguínea e favorecer a drenagem e a eliminação de toxinas, evita a perda do oval e a perda da tonificação muscular.

Em tratamentos cosméticos homeopáticos, consegue obter-se, em pouco tempo, uma silhueta estilizada e firme.

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Serpente de Coral(Ellaps Corallinus)
A Serpente de Coral encontra-se somente nos bosques e nas zonas rochosas dos desertos, encontrando-se especialmente a sudoeste da América do Norte e em toda a península da Flórida.

Sendo algumas espécies subaquáticas, estas serpentes produzem venenos de actividade neurotóxica que, utilizados na cosmética homeopática, exercem um poderoso efeito oxigenante e refirmante da pele, já que o seu veneno é um polipéptido formado por 22 aminoácidos.

O veneno da Serpente de Coral contém também uma proteína que actua bloqueando a comunicação neuromuscular; a toxina bloqueia as uniões de tipo sináptico, ou seja, a união dos neurónios com o sistema motor, o que trás, como consequência, uma paralisia de diversos músculos. O veneno bloqueia os impulsos nervosos que chegam aos músculos, paralisando, desta forma, as suas vítimas.

Pelas suas características, a aplicação, em doses homeopáticas, deste extraordinário activo, consegue uma relaxação dos músculos faciais, de onde podemos destacar os seguintes efeitos:

• Alisamento das rugas de expressão, em pouco tempo.

• Redução da contracção das células do músculo inervado, mas com um efeito reversível.

• Refirmação dos tecidos, de forma imediata, com um visível efeito “lifting”.
• Poderoso oxigenante.

• Relaxação das contracções dos músculos faciais tendo como resultado uma pele lisa e firme.

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Rã Veneno Flecha (Rã Dendrobatidae Histriónica)
A Rã Veneno Flecha, também conhecida por Rã do Dardo Dourado, Rã Venenosa de Dardo, Rã Venenosa de Flecha ou simplesmente, Rã de Dardo, são os nomes comuns dados ao grupo de rãs que pertencem à família Dendrobatidae

.

A Rã Veneno Flecha é o anfíbio mais venenoso de toda a terra, é originária da Colômbia, tem uma estranha cor amarela e liberta o seu veneno quando se sente ameaçada.

As rãs de Veneno de Dardo são um pequeno grupo de anfíbios diurnos que têm, geralmente, uma cor brilhante e são nativas da América central e da América do Sul. A Rã de Dardo mais venenosa é a Rã Dourada (Phyllobates Terribilis), que se caracteriza por ter uma pele colorida e brilhante e por ser pequena.

O veneno da “Rã Veneno de Flecha”, a histrionicotoxina é uma substância que se encontra na pele de algumas rãs que habitam na selva e que provoca a morte por paralisia neuromuscular e dos músculos respiratórios.

Não obstante, torna-se de grande utilidade no âmbito da medicina, actuando em algumas enfermidades, como analgésico e calmante.

A maioria dos venenos actua sobre o sistema nervoso central ou sobre órgãos como o coração, o fígado, os pulmões e os rins, afectando, muitas vezes, o sistema respiratório e o circulatório, oferecendo grandes possibilidades no tratamento de problemas do sistema neuromuscular.

As Histrionicotoxinas afectam a condução de mensagens através das células do sistema nervoso e facilitam a contracção muscular. A aplicação homeopática deste veneno apresenta grandes resultados para o tratamento de peles enrugadas, desnutridas e com uma severa perda de tonicidade muscular.

A sua aplicação reactiva o sistema de defesa natural da pele e este efeito traduz-se numa cútis resplandecente, firme e oxigenada.

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Vespa do Mar (Chironex Fleckeri)
O ser mais venenoso que habita o planeta não o é precisamente em terra, mas sim no mar: a Chironex Fleckeri.

Esta medusa, também conhecida por “Vespa Marinha”, tem uma forma quadrada e habita nas águas da Austrália.

A Vespa do Mar contém ampolas repletas de veneno, com cerca de 20 000 unidades de, sensivelmente, 1,4ml e 4ml. O veneno é uma neurotóxina cuja LD 50 (dose letal em 50% dos casos) é de, aproximadamente, 20 microgramas por quilo. Isto quer dizer que apenas 1,4ml de veneno pode matar um homem adulto, o que representa o mesmo que um grão de sal.

A sua aplicação homeopática permite regenerar as células e tonificar a pele. Dentro das suas principais propriedades cosméticas, destacamos a sua capacidade de estimular a epitelização e ter um efeito anti-inflamatório que permite regular e redefinir a pele.

Cobra Capelo (Naja Tripudians)
O nome mais conhecido desta cobra é “Cobra comum da Índia”, as que usavam os encantadores de serpentes. Apesar de existirem outras espécies desta cobra, o nome Naja parece ser proveniente do nome de uma princesa egípcia que se suicidou com o seu veneno. É originária de Bengala, encontrando-se facilmente na Índia.

Os ofídeos destacam-se dos restantes répteis pela ausência da parte mais estreita do corpo e dos membros, exceptuando alguns que apenas têm esboços. Carecem de pálpebras móveis e não têm tímpanos, pelo que os seus ouvidos estão adaptados para captar ondas terrestres.

A língua possui funções de órgão olfactivo e têm pouco alcance visual. As suas mandíbulas unem-se de forma muito laxa entre si e com o crânio, possibilitando um jogo livre e independente de cada uma destas estruturas. As glândulas produtoras de veneno desembocam em duas presas (dentes) implantadas no maxilar superior.

O seu veneno é estéril e a sua descarga, voluntária, para isso, possui um sistema muscular complementar, que o animal acciona no momento da mordedura. O veneno das cobras é uma neurotóxina que contém uma enzima, a lecitinase, que dissolve as paredes das células e as membranas que rodeiam os vírus.

Este veneno, tratado cuidadosamente, tem propriedades descongestionantes, drenantes e desintoxicantes, melhora o estado das peles desvitalizadas e envelhecidas, equilibra e defende a pele.

Proporciona uma ligeira coloração da cútis para ajudar a eliminar toxinas, ao mesmo tempo que bioenergiza as células da epiderme.

Saiba mais na próxima página sobre o Polvo de Anéis Azuis

Polvo de Anéis Azuis (Hapalochiaena Maculosc)
O Polvo de Anéis Azuis, habitante da barreira de coral Australiana, é um dos animais mais venenosos do planeta.

Ostenta o seu perigo, iluminando os seus vistosos anéis que se encontram distribuídos por todo o seu corpo, ou seja, quando o polvo sente o perigo ou é retirado da água, as marcas azuis da sua pele tornam-se fluorescentes, como sinal de alerta.

A sua picada introduz uma saliva altamente venenosa que provoca paralisia quase imediata. Se a sua vítima não for tratada de imediato, a morte pode surgir na hora e meia que se segue.

Estes polvos, no seu “habitat” natural, nadam por cima das suas presas e libertam o veneno à sua volta, de maneira que, em escassos segundos, estas ficam paralisadas e são, assim, facilmente ingeridas pelo polvo.

O seu mecanismo é bastante complexo actuando como uma neurotóxina, bloqueando a transmissão nervosa e, em parte, como vasodilatador.

A sua aplicação homeopática permite controlar os sinais de envelhecimento e facilita o descongestionamento e a eliminação de toxinas e de gorduras. Reforça os capilares e fluidifica a microcirculação. É especialmente adequada para peles com problemas de irritações, rubores e couperose.

Também é muito útil para massagens drenantes, descongestionantes e relaxantes, seja ao nível do rosto, como do corpo.

Desvende os segredos do Lagarto Sul Americano na próxima página

Lagarto Sul Americano (Heloderma Horridum Exasperatus)
Este animal sente um frio glaciar em todo o corpo, sofre de suores viscosos, frios, hipotermia generalizada e cianose das mãos.

Sofre de depressão profunda, vertigens com tendência para cair para trás e sente grande debilidade ao menor movimento, assim como entorpecimento e tremor das extremidades.

Durante a marcha, tende a revirar os pés, não sente o solo, levanta os pés mais alto do que necessita e tem uma sensação cutânea como se insectos a estivessem a percorrer.

O veneno deste réptil é muito regenerante, previne radicalmente as manchas e é um forte aclarador da pele. Algumas espécies de lagartos, chamados “Serpentes de Cristal” ou Sáurios Luzentes, não têm patas funcionais.

Distinguem-se das verdadeiras serpentes pela presença das orelhas e das pálpebras.
Muitos lagartos podem mudar de cor como resposta ao meio que os rodeia ou em momentos de perigo.

O exemplo mais típico é o camaleão, mas também podem surgir mudanças de cor mais subtis noutras espécies de lagartos.

Tem medo de aranhas? Saiba mais para que serve o seu veneno, na próxima página

Aranha Cubana
Um grupo de cientistas conseguiu demonstrar que uma proteína do veneno da aranha (que já se comercializa nos Estados Unidos), pode inibir os níveis da hormona indutora do apetite.

O veneno que se obtém desta aranha activa um mecanismo no organismo que liga a ingestão de alimento com a secreção de insulina, mesmo antes que se processe a absorção de nutrientes.

Este activo era conhecido, entre os animais, por reduzir o apetite. Os investigadores aprofundaram a forma de actuação do veneno da Aranha Cubana e puderam comprovar que activa a hormona mais importante que regula o apetite.

O resultado da experiência que se levou a cabo em animais, ao ser-lhes aplicado exendina foi que, apesar de terem estado durante algum tempo em jejum, não comiam.

O resultado desta experiência conduziu ao seu uso e aplicação no campo da cosmética homeopática para prevenir a obesidade e reduzir a gordura acumulada nas zonas mais críticas do corpo: ancas, ventre, nádegas e coxas.

A sua aplicação tópica permite uma absorção do activo de forma constante e consegue, em poucos dias, uma redução significativa do volume corporal.

E sobre outras aranhas, o que se sabe? O veneno da Viúva Negra, uma aranha conhecida por comer o seu macho a seguir à cópula, contém uma série de toxinas que incrementam de forma indiscriminada a saída de neurotransmissores das vesículas, o que altera os mecanismos normais de comunicação entre os neurónios e os músculos.

Sendo o seu veneno 50 vezes mais poderoso do que o da cobra, a sua picada aumenta a força e a vitalidade, junto a uma erecção involuntária do pénis por vários dias (priapismo) e inibição da concepção masculina.

Felizmente, o veneno desta aranha é menos perigoso do que sugere o seu nome, pelo que a morte por mordedura de uma Viúva Negra é inferior a 4%.

Aranha Teia de Funil na próxima página

Aranha de Teia em Funil (Apelena Laberynthica)
É uma aranha que se encontra na Austrália, cuja mordedura pode ocasionar enfermidade severa ou morte. É considerada uma das aranhas mais perigosas da Austrália, sendo a sua mordedura dolorosa e mortal.

Apesar de a fêmea ser maior do que o macho, é este que devemos temer, dado que o seu veneno é muito mais tóxico do que o da fêmea.

A sua toxina, depurada, possui uma acção vasodilatadora intensa que supera, segundo alguns investigadores, o citrato de sildenafil, o princípio activo do Viagra.

Estes efeitos foram descobertos casualmente, quando um médico observou que pacientes do sexo masculino atacados pela aranha sofriam, para além de dor generalizada, de taquicardias e de secreção sudorípara, e uma erecção prolongada.

O médico certificou-se de que este fenómeno não era estranho ao conhecimento popular que relacionava a picada da aranha a homens sexualmente muito activos.

Em algumas zonas, o veneno da aranha é diluído e utilizado como potenciador sexual artesanal.

A sua aplicação tópica homeopática mostra-se particularmente eficaz no tratamento da flacidez intensa e na perda de tonicidade muscular, graças às suas propriedades vasodilatadoras que favorecem a circulação sanguínea.

Melhora a drenagem e a eliminação de toxinas e de gorduras, bem como o reforço dos tecidos de sustentação, assim como favorece a reparação das fibras de colagénio e de elastina, responsáveis pela tonicidade da pele.

Abelha, mais na próxima página

Abelha (Apis Mellifera)
O veneno das abelhas inclui compostos orgânicos de baixo peso molecular, onde se encontram péptidos simples como a apamina, polipéptidos como a elitina e enzimas como a fosfolipase A2 e a hialuronidase.

Demonstrou-se recentemente que alguns citratos são, também, componentes por excelência, deste veneno. A melitina e a fosfolipase A2 são os seus componentes principais e em maior quantidade.

A melitina agarra-se às membranas dos glóbulos vermelhos, produzindo uma “hemólise”; a fosfolipase A2 é o maior alergénico do veneno, actuando como agente bloqueador que pode provocar paralisia respiratória.

A apamina representa cerca de 2% do veneno total; é menos tóxica do que os compostos anteriores e comporta-se como uma neurotoxina de acção motora; para além de desencadear um efeito cardio-estimulante parecido com as drogas androgénicas, tem propriedades anti-arrítmicas.

Cerca de 2% do veneno é constituído pelo péptido MCD (Mast Cell Degraduation), o factor desgranulador dos mastócitos, um dos componentes responsáveis pela libertação de histamina e serotonina.

Adicionalmente, identificaram-se compostos como a fosfatase ácida, norepinefrina, dopamina e histamina.

O veneno da abelha é 50 000 vezes mais forte do que qualquer antibiótico conhecido. Por isto, as suas propriedades descongestionantes, drenantes e desintoxicantes melhoram o estado das peles desvitalizadas e envelhecidas. É equilibrante e autodefensor da pele.

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Víbora (Vipera Torva)
Os venenos procedentes das variedades do tipo viperídea (víbora) possuem uma composição química muito complexa com presença de toxinas e enzimas que afectam muitos processos fisiológicos, destacando-se, em especial, o seu efeito anti-coagulante ao nível local, no sítio da mordedura.

A utilização, em proporções homeopáticas, das propriedades anticoagulantes de alguns dos componentes do veneno destas serpentes e da Lachesis Muta é muito adequado para os cuidados refirmantes e reparadores, já que favorece a regeneração celular e aumenta a hidratação cutânea.

Também é amplamente efectiva para evitar a flacidez localizada, uma vez que consegue melhorar a circulação e favorecer a drenagem e a eliminação de toxinas, evitando o “desprendimento” e a perda de tonicidade muscular.

Consegue obter-se, em pouco tempo, uma silhueta estilizada e firme. Como é um tripéptido que actua como um eficaz antagonista dos receptores nicotínicos da acetilcolina, resulta um bom agente anti-rugas, com um efeito semelhante ao da Toxina Butolínica.

Texto:Helena Gameiro, formadora da Belalgas

Agradecimentos:Belalgas,Venda do Pinheiro