Antes de optar por qualquer cirurgia estética deve sempre informar-se previamente sobre as condicionantes e riscos que pode envolver. A mamoplastia de aumento não é exceção. Por exemplo, relativamente ao tamanho, Francisco Melo, cirurgião plástico, refere que se trata de «uma decisão construída a dois, pela paciente e pelo cirurgião, tendo em consideração diversos factores e índices biométricos da paciente, nomeadamente a altura, peso, tamanho da mama existente, qualidade da pele que a cobre, largura da base da mama, projecção e altura da mama, entre outros», sublinha.

Este especialista utiliza preferencialmente «próteses de gel de silicone coesivo, texturadas e de forma estável, vulgarmente denominadas por anatómicas». O cirurgião plástico Francisco Melo explica, de seguida, tudo o que deve saber sobre mamoplastia de aumento. Depois da paciente ser informada sobre todos os aspectos da intervenção, incluindo os riscos que acarreta, realizam-se «as chamadas rotinas pré-operatórias, nomeadamente análises de sangue, raio-X de tórax e electrocardiograma».

«Como se trata de uma cirurgia mamária é também necessária uma ecografia mamária ou uma mamografia», lembra ainda o especialista. A prótese pode ser introduzida com uma incisão na axila, na aréola ou no sulco mamário, sendo que a escolha depende da técnica a utilizar, das dimensões da prótese e do plano onde é colocada (por detrás da glândula mamária ou do músculo).

Pós-operatório

A paciente «terá que usar um sutiã de desporto durante um mês e não fazer esforços físicos nos primeiros 15 dias, sendo que neste período poderá fazer alguma atividade que não envolva os braços e com pouco impacto», esclarece Francisco Melo. «Geralmente, poderá conduzir três a cinco dias após a operação e serão prescritos medicamentos para não ter dores, sendo que estas são mais intensas nos primeiros dois dias», acrescenta. Os resultado são visíveis imediatamente.

Efeitos secundários

«Irá existir edema (inchaço), algumas equimoses (nódoas negras) e, essencialmente, uma sensação de peso no peito. Demora algum tempo até integrar o efeito do aumento e a adaptação é gradual», explica Francisco Melo. Também podem surgir hematomas e infeções, bem como algum atraso cicatricial, embora não seja comum. «As complicações tardias têm a ver com a existência de uma cápsula em torno da prótese e que pode «apertá-la», causando desconforto, dor em situações mais graves e deformação da mama», explica.

Texto: Rita Caetano com Francisco Melo (cirurgião plástico)