O perfil do agressor adolescente está mudar do rufião do pátio da escola que tira o dinheiro do lanche para um estilo mais dissimulado que evita o confronto face-a-face em favor do telemóvel e do Facebook.

 

No entanto, os resultados prejudiciais permanecem os mesmos. Os alvos dos bullies podem sofrer lesões físicas, exclusão social, depressão e, em casos extremos, a auto-mutilação e morte.

 

Os Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América consideram o bullying uma forma de violência juvenil e afirmam que a «agressão eletrónica» é um problema emergente de saúde pública.

 

E não é de admirar. A adolescência é bastante difícil, complicada por hormonas e uma panóplia de intensas transformações. No meio disto, podem aparecer lutas de poder, relações emocionais com muitos altos e baixos e intimidação, que são as marcas do bullying.

 

Aos pais cabe decifrarem um enigma difícil: Como posso saber se o meu filho está a ser vítima de bullying ou se é um bully? E o que é apenas comportamento adolescente normal?

 

 

Maria João Pratt