Uma criança é vacinada contra a gripe no Centro de Saúde de Sete-Rios, em outubro de 2014, em Lisboa (foto de arquivo)
Erradicada desde 2000, o sarampo voltou a surgir nos Estados Unidos por razões exclusivamente norte-americanas, devido a uma campanha de desinformação levada a cabo por estrelas de Hollywood e alguns investigadores sobre os riscos da vacinação, riscos esses que não foram provados cientificamente.
Em algumas das zonas mais privilegiadas da Califórnia, por exemplo, há infantários e pré-escolas onde mais de 50% das crianças não têm todas as vacinas em dia, segundo o Departamento de Saúde Estadual.
O novo surto de sarampo já infetou pelo menos 104 pessoas, a maioria crianças, em 14 estados. Para evitar o contágio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos norte-americanos que vacinem as crianças contra o vírus, altamente contagioso e agressivo.
O surto está a revelar o impacto da atitude dos pais que preferem não vacinar os filhos para os proteger de riscos de saúde cientificamente inválidos, como o autismo.
Este é já o maior surto de sarampo dos últimos 15 anos neste país.
Vinte estados norte-americanos permitem que pais não vacinem os filhos devido a crenças pessoais. Mas se tivermos em conta motivos de ordem religiosa, 40 estados deixam à responsabilidade dos progenitores a decisão de vacinar as crianças.
Segundo escreve a edição desta segunda-feira do jornal Público, uma pessoa com sarampo pode transmitir a infeção a outras 12 a 18 pessoas.
O vírus é extremamente resistente e pode sobreviver na atmosfera de uma sala de aula durante duas horas à espera de ser inalado.
Comentários