“Dez anos antes, o rendimento monetário disponível médio por agregado familiar era de 16.999 euros, o que equivale a situar o nível de rendimento de 2014 no patamar de 2004”, refere o inquérito do Instituto Nacional de Estatística, precisando que, em 2014, cada família tinha em média por mês 1.418 euros.

Os resultados definitivos do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do INE identificam um período de crescimento contínuo deste rendimento até 2009 (10,2%) e quebras nos anos subsequentes em todas as classes de rendimento.

“O rendimento monetário disponível mediano por adulto equivalente foi, em termos nominais, de 8.435 euros em 2009 face a 2004), a que se sucederam quebras no rendimento nos anos de 2010 a 2013 (-9,6% em 2013 quando comparado com 2009)”, refere o inquérito realizado em 2015 sobre o rendimento das famílias no ano anterior.

Em 2014 e 2013 registaram-se variações anuais positivas do rendimento monetário disponível por adulto equivalente: 0,6% em 2013 e 2,5% em 2014, ano em que “o crescimento dos rendimentos monetários equivalentes foi abrangente a todas as classes”.

O estudo do INE aponta também que, em 2014, 19,5% da população residente estava em risco de pobreza, mantendo-se o valor estimado para 2013.

Nesse ano, o risco de pobreza afetava principalmente os desempregados (42%), as crianças e jovens (24,8%), as famílias com crianças dependentes (22,2%) e as mulheres (20,1%).

De acordo com o inquérito, o limiar de pobreza, que corresponde a 60% da mediana da distribuição rendimento monetário disponível mediano por adulto equivalente, foi de 5.061 euros em 2014 (cerca de 422 euros por mês).