Em declarações à agência Lusa, a presidente da associação Todos a Galope, Joana Moreira, explicou que, dos contactos feitos com as juntas, já recebeu garantias de transporte por parte de autarcas.

Também já foi assegurada a oferta do projeto de arquitetura e aguarda-se resposta de parcerias para um terreno, que “só faz sentido que seja no centro urbano por se dirigir a pessoas com menos capacidades financeiras”.

“Mas essa terra é muito cara”, notou a responsável.

Candidatura a fundos comunitários

Em maio, o Todos a Galope vai formalizar uma candidatura ao programa europeu Erasmus+, que, num novo figurino, além do intercâmbio de estudantes, promove agora parcerias na área do Desporto.

“O intuito [da parceria] é recolher saber e experiência para criar um modelo sustentável economicamente e ter a garantia na qualidade de ensino”, precisou Joana Moreira, referindo que o modelo de um “centro sequestre solidário e sustentado” proposto pela associação pode repetir-se em mais locais para lá de Lisboa.

A associação também está a concorrer a apoios dados pela Federação Internacional de Hipismo, além de contar com consultadoria especializada de uma fundação.

“Começar é sempre difícil quando não possuímos as condições financeiras que desejaríamos, por isso ainda não iniciámos atividades regulares”, resumiu a presidente do projeto, que em outubro de 2014 promoveu uma demonstração, em Monsanto, para a construção de um centro equestre.

A responsável sublinhou ainda não ser objetivo da associação “depender de subsídios para o funcionamento do centro equestre”, pelo que se pretende “estabelecer um modelo de funcionamento solidário, em que os clientes que têm possibilidade pagam pelos serviços enquanto os que não têm participam gratuitamente, dentro das limitações financeiras de uma gestão sustentável”.

A Todos a Galope já tem como parceiros o Instituto Francês do Cavalo e da Equitação, a Federação Equestre de Berlim e Brandenburgo, a British Horse Society e a Universidade da Catalunha.

“Queremos com esta parceria criar um modelo europeu de centro equestre solidário e estudar os resultados em termos de inclusão social, com vários pilotos: o da Todos a Galope e outros que irão ser criados nos países parceiros”, referiu.