Iolanda Menino e o companheiro de nacionalidade inglesa, Leonardo Edwards, pedem o apoio das autoridades portuguesas depois de membros dos serviços sociais de Southampton lhes terem retirado o filho Santiago no dia 9 de fevereiro, seis dias depois do seu nascimento.

O bebé nasceu em casa, com a ajuda de uma doula e de uma enfermeira-parteira do serviço de saúde inglês, mas que segundo Iolanda está agora incontactável.

Iolanda, de 31 anos, sofreu de complicações logo após o parto e esteve internada durante um dia. Quando regressou a casa, a polícia quis ver o bebé depois de duas tentativas frustradas de enfermeiras do serviço de saúde britânico. "Quando o polícia foi lá a casa eu estava a amamentar, estava muito cansada e disse-lhe que não me sentia confortável a abrir-lhe a porta naquelas circunstâncias. Ele disse-me que só queria ver o bebé e que podia mostrá-lo pela janela. Foi isso que fiz", recorda Iolanda, técnica de cardiologia, citada pelo Diário de Notícias.

Criança em risco?

Na origem da retirada do bebé, estará o facto dos serviços sociais britânicos acreditarem que a criança estaria em risco se continuasse à guarda dos pais.

Uma das preocupações das autoridades inglesas será o facto de o pai vender MMS, uma solução de dióxido de cloro cujos defensores acreditam tratar doenças como autismo, Alzheimer e cancro, mas que não está licenciado para consumo humano.

Pelo menos 47 crianças foram retiradas aos pais portugueses no Reino Unido no último ano e meio.

A cada 15 minutos, uma criança é colocada à guarda do Estado britânico. De acordo com os números do Consulado Geral de Portugal em Londres, avançados pela revista "Visão", foram comunicados 170 casos desde 2010.

No Reino Unido, vivem atualmente 69 mil crianças e jovens ao cuidado do sistema de proteção de menores.