Os dados constam do relatório "Education at a Glance 2016", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado esta quinta-feira (15/09).
Portugal é o sétimo país com o maior número de crianças por sala de pré-escolar, atrás de Indónesia, Reino Unido, China, França, México e Chile. No extremo oposto fica a Austrália, que tem apenas cinco crianças por sala.
A frequência do ensino pré-escolar em Portugal aumentou de forma significativa na última década, com um crescimento de 61% para 77% entre 2005 e 2014 para crianças de três anos, o que deixa o país com taxas de frequência acima da média da OCDE.
A frequência a partir dos quatro anos foi universalizada a partir do presente ano letivo, mas em 2014 eram já 91% as crianças dessa idade que frequentavam este nível de ensino, novamente acima da média dos países da OCDE, que se fixou nos 85%.
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O investimento público no pré-escolar está nos 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), próximo dos 0,8% da média da OCDE.
Os dados dos testes PISA – que avaliam competências dos alunos do ensino básico em áreas como leitura, ciências e matemática, mostram que os alunos com piores resultados a matemática são aqueles que frequentaram o pré-escolar menos de um ano, ou que não frequentaram de todo, sendo a qualidade dos resultados é, regra geral, inversamente proporcional ao tempo passado no pré-escolar.
O Governo inscreveu no seu programa o objetivo de universalizar a frequência do ensino pré-escolar para crianças entre os três e os seis anos de idade até 2019, no final da legislatura.
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