A experiência, gravada na capital da Geórgia, Tbilisi, teve de ser interrompida. Anona, a atriz de seis anos recrutada pela UNICEF para fazer o vídeo, não gostou da forma como foi tratada.

O vídeo foi lançado na terça-feira (28.06), dia em que a UNICEF publicou o relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Intitulado “Uma oportunidade justa para todas as crianças”, o documento frisa que as desigualdades marcam a vida de milhões de crianças.

“Quando olhamos para o mundo de hoje, somos confrontados com uma verdade desconfortável, mas inegável: As vidas de milhões de crianças são arruinadas pelo simples facto de terem nascido num determinado país, comunidade, género ou circunstância”, escreve o diretor-geral da organização, Anthony Lake, no prefácio do relatório.

Quase 70 milhões de crianças em risco de vida

Para o responsável, “agora é o momento de agir” porque, se o mundo não acelerar o ritmo de progresso, 69 milhões de crianças morrerão, maioritariamente de causas evitáveis, antes de completarem cinco anos, até 2030, o ano em que terminam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis, definidos no ano passado.

Nesse mesmo ano, as crianças da África subsaariana terão 10 vezes mais probabilidade de morrer antes dos cinco anos do que as dos países ricos e nove em cada dez crianças a viver em pobreza extrema estarão naquela sub-região, alertou Anthony Lake. O mesmo relatório revela que Angola, Guiné-Bissau e Moçambique estão no topo da lista de mortalidade infantil.

Se nada for feito, mais de 60 milhões de crianças em idade escolar estarão fora da escola e cerca de 750 milhões de mulheres terão sido casadas na infância.