A 09 de outubro de 2012, militantes talibãs invadiram o autocarro escolar da jovem, na saída da escola em Mingora, que fica no vale de Swat, no noroeste do Paquistão, perguntaram por Malala e atiraram em sua cabeça.

Entre a vida e a morte, a adolescente foi levada para um hospital em Birmingham, no Reino Unido, onde recuperou a consciência seis dias depois. A história comoveu o mundo e Malala, que só desejava educação para as raparigas no seu país, tornou-se uma “lenda”.

Hoje, a adolescente de 17 anos vive em Birmingham, no centro da Inglaterra, e encontrava-se na escola quando o Prémio Nobel foi anunciado, atribuído conjuntamente com o indiano Kailash Satyarthi, que combate a exploração infantil.

Depois da sua saída do Paquistão, Malala tem participado em várias conferências internacionais, nas quais pede paz e educação para as crianças, apelando aos líderes mundiais que “enviem livros e não armas”.

A jovem paquistanesa foi galardoada no ano passado com o Prémio Sakharov, da União Europeia, já figurava entre os possíveis laureados do Nobel da Paz em 2013, tendo recebido ainda o International Children's Peace Prize e o Clinton Global Citizen Award, entre outros.

A galardoada pelo Prémio Nobel sempre mostrou um grande amor pelos livros e pelo conhecimento.

Malala começou a sua batalha em 2007, depois dos talibãs imporem a sua lei no vale do Swat.

Aos 11 anos, a jovem iniciou um blog no site da BBC, em urdu, com o pseudónimo de Gul Makai, descrevendo a região, o clima, entre outros assuntos, mas os talibãs acusaram-na de veicular “propaganda ocidental”.

O ataque dos radicais teve um efeito inverso no país, que ficou chocado com a violência sobre Malala, assim como toda a comunidade internacional.

Malala escreveu uma autobiografia, lançada em 2013 em todo o mundo, tem um retrato exposto na National Gallery de Londres, encontra líderes mundiais e faz palestras em todo o mundo.