O anúncio foi feito esta quarta-feira no parlamento pelo ministro da Educação, Tiago Brandão, em resposta a uma questão do deputado do Bloco de Esquerda, Luís Monteiro, que quis saber se “o Ministério da Educação tem algum plano ou intenção de resolver o problema com alguma urgência”.
“O amianto é uma preocupação séria do Ministério da Educação e está a ser revisto o mapeamento das escolas com edifícios que estão revestidos ou cobertos com placas de fibrocimento”, afirmou Tiago Brandão durante a audição na comissão parlamentar de Educação.
O ministro quer “sinalizar os casos em que já foi parcialmente removido e sinalizar os que padecem de intervenções urgentes e priorizar” para depois começar a atuar: “Iremos avançar com um número de intervenções a cada ano, de acordo com a lista de prioridades”.
Para Tiago Brandão “é importante conseguir obter uma catalogação do grau de prioridade das intervenções necessárias”, um trabalho que diz já estar a ser desenvolvido pelos serviços ministeriais.
Em janeiro do ano passado, a anterior equipa do Ministério da Educação deu por concluído o programa de remoção de placas de fibrocimento em mau estado de conservação em cerca de 300 estabelecimentos de ensino dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do secundário.
Tiago Brandão disse hoje que o “processo tinha sido interrompido”.
Segundo o deputado bloquista, Luís Monteiro, “só no norte do país existem ainda 233 escolas com telhados de amianto” e todos os anos morrem em Portugal 36 pessoas vítimas deste problema.
Já na semana passada, o ministro tinha anunciado o desejo de resolver este problema, garantindo existir verbas disponíveis.
O amianto foi um dos temas da audição ao ministro da Educação, mas foi em torno das medidas anunciadas pela nova equipa da educação que a audição se centrou.
A audição foi marcada pelas intervenções dos grupos parlamentos do PSD e do CDS-PP a acusar Tiago Brandão de “ímpeto radical”, ao acabar com os exames nacionais do 4.º e 6.º ano e introduzir provas de aferição, e o ministro a responder dizendo que está apenas a “repor a normalidade” que existia antes da entrada em funções do executivo de Nuno Crato.
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