Desde que a lei que despenaliza a interrupção voluntária da gravidez até às 10 semanas por opção da mulher entrou em vigor, há sete anos, já foram financiados pelo Estado mais de 100 mil abortos.

De acordo com informações do Jornal Público, Isilda Pegado, diretora da Federação Portuguesa pela Vida (FPV), acredita que muitos destes abortos poderiam ter sido evitados caso as mulheres sentissem mais apoios durante a gravidez e, por isso, defende que a lei deve ser mudada.

Isilda Pegado sugere a criação de estruturas de apoio à gravidez, o fim do subsídio de maternidade para quem interrompe a gravidez e o fim do financiamento do Estado à interrupção de gravidez por opção da mulher.

Para Luís Graça, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal, "a lei está bem e tem dados belíssimos resultados em termos de saúde das mulheres." Não obstante, o mesmo profissional de saúde considera que "não há a mais pequena lógica em não cobrar taxas moderadoras a quem interrompe uma gravidez, com base na lei de proteção à gravidez."

Já Lisa Vicente, directora da Divisão de Saúde Reprodutiva da Direcção-Geral de Saúde, diz que a lei deve manter-se exatamente como está. Entre outros motivos, sublinha que "entre 2001 e 2007, antes da entrada em vigor desta lei, o relatório das mortes maternas dá conta de 12 mortes em 92 atribuíveis a aborto. Depois disso, houve o caso de uma morte por aborto medicamentoso. E depois de 2009, nenhuma mulher morreu em Portugal por aborto”.

Fonte: Público

 

Clique “Gosto” no nosso Facebook e fique a par de todas as notícias e especiais que publicamos no Sapo Crescer