Ao contrário do que se poderia imaginar, as mulheres não usufruem tanto dos benefícios laborais e sociais como os homens. Aliás, são eles que revelaram neste estudo que muitas vezes interrompem o trabalho para resolver
assuntos familiares ou pessoais.

O inquérito feito pela APA demonstra que os homens utilizam os benefícios sociais e laborais uma vez por semana, ou mais, tais como:
- Cuidados com os filhos (homens 9% - mulheres 2%);
- Tempo fora do trabalho para tratar de assuntos pessoais (homens 9% - mulheres 4%);
- Horário flexível de acordo com as horas semanais de trabalho (homens 15% - mulheres 9%);
- Licença paga (homens 7% - mulheres 1%);
- Licença sem vencimento (homens 9% - mulheres 3%);

Os homens também revelaram neste estudo que as entidades empregadores oferecem-lhes mais benefícios, o que pode explicar estas disparidades.

No entanto, este comportamento leva a que os homens tragam mais trabalho para casa (30% contra 23%), trabalham durante as férias (31% contra 19%), permitem que o trabalho interrompa momentos familiares (31% contra 19%) e levam material do trabalho para atividades em família (26% contra 12%).

A lição a retirar deste estudo, segundo o diretor da APA. é que enquanto homens e mulheres se queixam ser difícil equilibrar as suas vidas pessoais com o trabalho, devem usufruir mais dos benefícios que as empresas dão para atingirem uma vida laboral e familiar mais satisfatória.

Os trabalhadores que conseguem gerir o seu trabalho com a vida pessoal acabam por ser pessoas mais motivadas e felizes, e a probabilidade de quererem sair do emprego no ano seguinte é muito menor.

Por outro lado, 79% das mulheres confessaram neste inquérito que conseguem equilibrar perfeitamente o trabalho com a vida pessoal e 77% dedicam muito tempo à família. Também demonstraram níveis elevados de motivação no trabalho (80% contra 72%), satisfação (74% contra 66%) e que têm uma boa relação com o seu chefe (80% contra 71%).