A hiperatividade infantil e o tabagismo na vida adulta estão frequentemente associados, revela um estudo canadiano, realizado por investigadores da Universidade McGill e do Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental.
A investigação concluiu que a variação de um gene específico pode estar vinculada ao aparecimento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças e a uma maior propensão para o consumo de cigarro em pessoas adulta.
Para chegar ao resultado, foram estudadas 454 crianças de 6 e 12 anos com quadro de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, bem como os seus familiares diretos, de forma a perceber se haveria relação hereditária.
Através de amostras de sangue, os investigadores combinaram cinco sequências de DNA de diferentes genes que estão associadas ao hábito de fumar, sendo que uma das variações foi mais facilmente encontrada em crianças com TDAH.
“Esta evidência preliminar indica que apenas um alelo pode conseguir exteriorizar comportamentos e deficits cognitivos específicos que se começam a manifestar na infância e que representam uma continuidade para o consumo de tabaco na vida adulta. Outros estudos já têm vindo a associar o consumo de tabaco a distúrbios genéticos mas, nenhum deles comprova que o fumador não poderá conseguir abandonar o vício. É importante alertar que estas conclusões não podem, nem devem, ser utilizadas como uma desculpa para a manutenção do consumo de nicotina.” considera Marta Andrade, terapeuta de Cessação Tabágica da Facilitas Healthcare.
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