Em cerca de metade dos países europeus, o combate ao abandono escolar no ensino superior não é financiado pelos Governos, indica um relatório da Eurydice, a rede europeia de informação sobre educação.

"Apesar dos níveis de abandono no ensino superior serem inaceitáveis em muitos casos, há poucos exemplos de países com estratégias claras e objetivos quantificáveis para atacar o problema", lê-se no relatório Modernização do Ensino Superior na Europa: acesso, retenção e empregabilidade, escreve o jornal Público.

Portugal é  um desses países.

Segundo o documento, metade dos países europeus não procuram analisar os percursos dos estudantes depois de abandonarem o ensino superior, de modo a perceber os motivos do abandono.

Estima-se que em média um em cada três estudantes comunitários que iniciam um programa de estudos superiores não o termine.

Dados recentemente divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciências do Ministério da Educação e Ciência (MEC) mostram que 11,8% dos alunos portugueses que se matricularam pela primeira vez em 2011 numa licenciatura no ensino universitário público já não a frequentavam em 2012, enquanto no politécnico a taxa de abandono alcançou os 12,6%.