“O objetivo é acabar com o ensino artístico para as massas e ficar apenas para elites”, disse Luísa Marcelino, professora de contrabaixo em várias escolas de música e uma das organizadoras da manifestação.
Esta professora estima que as escolas privadas do ensino artístico especializado percam este ano letivo 7.000 alunos e prevê que muitas não consigam resistir aos cortes nas verbas.
O protesto está a ser continuamente acompanhado com música de fundo, através de um piano colocado no centro da manifestação.
Os manifestantes, de várias escolas do ensino artístico, exibem vários cartazes, nos quais se leem frases como “O professor Nuno Crato chumbou nas provas de aptidão musical” ou “ensino artístico… mas só para alguns”.
Este protesto foi decidido depois de as escolas de ensino artístico especializado terem tido conhecimento dos valores que iriam receber do Ministério da Educação e Ciência para garantir a oferta de ensino da música e da dança aos alunos das escolas públicas.
O ministério garante que as verbas atribuídas serão semelhantes às do ano passado (55 milhões de euros), mas os diretores das escolas falam em cortes de financiamento e já começaram a avisar muitos encarregados de educação de que os seus filhos iriam ser retirados das turmas em que estavam inscritos.
Segundo um levantamento feito pela Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) junto de 30% das escolas, há menos 2.519 alunos apoiados em relação ao ano passado.
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