Em causa está o alargamento do "Gaia@Aprende+", idealizado para a ocupação de tempos livres e apoio ao estudo das crianças do 1.º Ciclo. Até aqui o programa abrangia cerca de 5.000 crianças, num universo de 15.000, e agora somam-se cerca de 850 com necessidades educativas especiais.

"Entendemos que este programa não estava completo se excluíssemos quem necessita de respostas específicas, então para que o programa fosse verdadeiramente inclusivo, criou-se uma variante do programa que nos permite garantir uma resposta terapêutica. E a expectativa é ainda este ano letivo evoluir das terapias para as atividades adaptadas", descreveu à agência Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues.

As instituições parceiras da autarquia são a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), bem como a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (CERCI).

Já as terapias são: cinoterapia (terapia com cães para crianças com autismo), hidroterapia (dinamizada nas piscinas municipais) e hipoterapia (realizada no centro hípico de Serzedo).

O alargamento do programa custa à Câmara de Vila Nova de Gaia cerca de 250 mil euros, verba descrita por Eduardo Vítor Rodrigues como "o dinheiro mais bem gasto de todos".

"A resposta é para toda a gente. Não era uma competência própria do município, mas acho que não havendo mais quem avance com isto, era uma obrigação do município", descreveu o autarca a propósito de um dos pontos da agenda de trabalhos da reunião pública de vereação que se realiza segunda-feira.

A sessão também será marcada pela discussão em volta do balanço sobre o Programa de Generalização de Refeições que este ano tem como novidades a aposta em medidas que visam a alimentação saudável e a generalização do lanche na parte da tarde.

De acordo com Eduardo Vítor Rodrigues, a equipa de nutricionistas que está a trabalhar desde o final do ano letivo passado visa "acompanhar não apenas a qualidade da confeção, mas sobretudo as próprias ementas".

O documento que será analisado segunda-feira enumera as escolas abrangidas, que são as de competência da Câmara Municipal, falando de um total de 8.439 alunos que recorrem ao almoço na escola.

O autarca explicou à Lusa que "a Câmara tem um grande prejuízo com as refeições escolares" porque "aquilo que o Ministério comparticipa, somando àquilo que os pais pagam não consegue cobrir o custo final".

"Mas preferimos ter escolas com alimentação de qualidade do que poupar um tanto de dinheiro. O alargamento dos pequenos-almoços e dos lanches é fundamental para o aproveitamento escolar", disse Eduardo Vítor Rodrigues, referindo-se a um custo para a autarquia de mais de 700 mil euros/ano.