Em relação a este tema, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha que os bebés sigam um regime de aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade, o que significa que estes não devem ingerir outro alimento ou bebida para além do leite da mãe. A partir dessa idade, a OMS avança que as crianças devem começar naturalmente a ter uma alimentação mais variada, mantendo o leite materno em regime complementar até completarem os 2 anos de idade.

A Bebé Vida salienta ainda que a ideia da amamentação poder ser dolorosa trata-se de um mito que se generalizou. O que acontece é que nesta fase em especial, a mulher e o bebé encontram-se a experimentar uma sensação nova e passam por uma fase de adaptação. No entanto, cada caso é diferente e se, eventualmente, a mãe sentir uma dor que se prolonga por mais de 3 ou 4 dias, durante este período, deve consultar um médico.

Nesta fase pós-parto, as mães devem ter algum cuidado consigo próprias de modo a poderem amamentar convenientemente e disfrutar ao máximo da amamentação. Assim, aconselha-se o consumo de alimentos nutritivos, como verduras e frutas; beber muitos líquidos; tentar descansar sempre que possível, em particular durante as primeiras semanas após dar à luz; e aquando a altura de dar de mamar, a dica é começar pela mama mais cheia.

Nos primeiros dias de vida, os recém-nascidos podem chegar a mamar entre 8 a 15 vezes por dia. As mães não devem ficar preocupadas e pensar que o seu leite não é suficiente. É normal esta situação neste período inicial, pois o leite materno é de muito fácil digestão. Após a primeira semana de vida, este número reduz e os bebés passam a mamar entre 6 a 8 vezes por dia, o que equivale a dar de mamar de 3 em 3 ou de 4 em 4 horas, na maior parte dos casos.

A posição é um aspeto importante a ter em conta na amamentação. Acima de tudo, ambos, bebé e mãe, devem sentir-se confortáveis. A mãe deve estar com as costas direitas e sentir-se bem apoiada. O bebé deve ter a barriga encostada à barriga da mãe e estar em linha com o peito.

Para saber se ele faz uma boa pega, é preciso prestar atenção a alguns sinais, nomeadamente se se ouve o bebé a deglutir, se a boca dele está bem aberta, se o queixo dele toca na mama da mãe e se os seus movimentos começam de forma rápida e vão acalmando ao longo da amamentação. Uma má pega pode ser lesivo para a mãe, no sentido em que podem surgir fissuras nos mamilos ou ingurgitamento mamário, quando o leite não é completamente esvaziado. Por outro lado, o bebé pode ficar insatisfeito, levando-o a chorar mais, não obtendo os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.

Sílvia Martins, Administradora da Bebé Vida comenta, “a amamentação é, antes de tudo, uma escolha pessoal que deve ser tomada em plena consciência pela mãe, depois de esclarecer todas as suas dúvidas sobre o tema. A Bebé Vida compreende que o aleitamento materno é uma fase de aprendizagem e de adaptação mútua entre mãe e bebé, sendo também um momento para estreitar mais os laços entre os dois. É por este motivo que durante as nossas sessões “Mamãs sem Dúvidas”, este é um dos temas mais abordados, dando às mães dicas úteis que as ajudem a viver esta etapa tão especial, de forma tranquila.”

Unicef em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS)