Sempre que o seu filho brincar em áreas onde há carraças, faça uma inspeção do corpo dele para ver se não há nenhuma, de preferência de três em três horas, e prefira vesti-lo com roupas claras, o que facilita a visualização dos animais.

 

Se encontrar alguma, proteja as suas mãos com um papel ou com luvas para não entrar em contato direto com a carraça e use uma pinça para retirá-la:

 

Pegue na carraça com a pinça bem perto da pele, com cuidado.

 

Puxe devagar, até que todo o corpo da carraça saia.

 

Deite a carraça fora e lave as mãos com água e sabão.

 

Limpe a picada de carraça com um líquido antisséptico ou com água e sabão.

 

Não torça a carraça quando a puxar com a pinça, para que não fique nenhum fragmento na pele da criança.

 

Não use outros estratagemas para forçar a carraça a soltar-se, como encostar objetos quentes. O stresse do animal pode fazer com que ele liberte mais substâncias prejudiciais na pele.

 

Se morar numa área com ocorrência de febre maculosa (mais conhecida como «febre da carraça), tome cuidado especial e observe muito bem a criança nos dias seguintes à picada. Caso apresente febre e/ou erupção cutânea, procure assistência médica imediata.

 

A febre maculosa precisa de ser tratada com antibióticos logo aos primeiros sinais de infecão. Os sintomas aparecem entre 2 e 14 dias após a picada.

 

Uma outra doença transmitida por carraças é a borreliose, ou doença de Lyme. Para transmitir a bactéria, a carraça precisa ficar presa à pele durante 24 horas. Os sintomas iniciais são vermelhidão em torno do local da picada, que depois pode se espalhar pelo corpo, além de febre, mal-estar e dores no corpo.

 

Em casos muitíssimo raros, as picadas de carraça podem causar encefalite (inchaço do cérebro) e outras doenças provocadas por vírus transmitidos pelo animal. Se seu filho tiver febre ou rigidez no pescoço, leve-o rapidamente ao médico ou ao hospital.

 

 

Maria João Pratt

 

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