Muitos pais esperam que a escola ensine os seus filhos como nascem os bebés e como funciona a sexualidade masculina e feminina. No entanto, nem em todos os países existe uma política de educação sexual constante e, nalguns, é mesmo inexistente.
Países Baixos e Escandinávia
Nestes países, a educação sexual começa com a história do amor entre cães, explicada durante a "semana da primavera" que acontece uma vez por ano. A Noruega, por sua vez, utiliza um vídeo intitulado "Puberteten", indicado para crianças dos 8 aos 12 anos. Na Suécia. as crianças da primária assistem a vídeos sobre os genitais dos meninos e meninas, às quais eles chamam de "snoop" e "snippa", antes
de avançarem para matérias mais aprofundadas nos anos posteriores.
Estes vídeos e formas de aprendizagem sobre sexualidade parecem resultar, já que tanto a Noruega como os Países Baixos têm uma das taxas mais baixas de gravidez na adolescência do mundo.
Reino Unido
Neste país a educação sexual é ensinada de forma intensiva a partir dos 11 anos de idade. No entanto, estas aulas são muitas vezes adiadas para o final do ano letivo, com um dia de aula. Os pais têm a opção de retirarem os filhos destas aulas, se considerarem que o tema não é adequado. E é o que muitos pais acabam por fazer.
China
Em 2011, um casal chinês fez manchetes em todo o mundo quando tentava engravidar simplesmente deitando-se um ao lado do outro na cama durante três anos. Mas este caso reflete como a educação sexual na China tem sido tratada no país. Até aos anos 80, o partido comunista sob a liderança do presidente Mao não deixava que a educação sexual chegasse à população. Atualmente, há mulheres que chegam a pagar mais de metade do seu salário mensal por aulas de educação sexual.
África do Sul
A educação sexual neste país é, atualmente, melhor do que na altura do Apartheid quando o objetivo era evitar encontros entre raças. No entanto, o sexo é visto como algo "perigoso", conforme consta no currículo "Life Orientation", devido a doenças como Sida, gravidez indesejada e violência sexual. Tudo o que seja fora do sexo heterossexual, é considerado "anormal". Por isso, muitos alunos consideram estas aulas aborrecidas e irrelevantes.
América Latina
Na Argentina, preservativos são distribuídos a todos os alunos maiores de 14 anos. No entanto, continua a existir uma atitude mais conservadora que impede os alunos de terem aulas sobre educação sexual. Em El Salvador, por exemplo, não existe qualquer formação na área e é onde existe uma maior taxa de gravidez na adolescência na região. Por outro lado, Cuba, que fornece aulas de educação sexual desde a primária até ao final do liceu, conseguiu baixar estas taxas.
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