Dentro do útero, o bebé não entra em contato com vírus e bactérias logo, o seu organismo desconhece esses agentes. Entretanto, quando ele vem ao mundo, abandonando o abrigo uterino, fica à mercê desses micro-organismos. Estar informado sobre as doenças comuns nos bebés inclui conhecer os sintomas e sinais de alarme que devem levar os pais a procurar ajuda médica e a saber gerir o stress que advém de uma situação de doença. Também a entrada na creche ou no infantário pode vir acompanhada de doenças devido ao contacto com outras crianças doentes. As infeções podem surgir num ambiente mais fechado, onde as crianças partilham brinquedos e os espaços.Todas estas doenças a que o bebé se encontra sujeito, deixam facilmente os pais preocupados e receosos, que muitas vezes não sabem o que fazer. Assim, para ficar bem preparado, aqui fica uma pequena lista com as doenças mais comuns no bebé e os seus respetivos tratamentos.
Icterícia fisiológica
É comum em recém-nascidos. Refere-se à cor amarelada na pele e nos olhos que é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue.
Constipações comuns
A partir do quarto mês, período em que as mães normalmente voltam ao trabalho, é comum que o bebé se constipe mais, ou quando entra o período mais frio do ano.
Bronquiolite
Trata-se de uma infecção viral e geralmente acomete bebés com seis meses de vida, mas pode ocorrer também do nascimento até os dois anos. Pode ser confundida com uma gripe, porém, difere-se pelo chiado no peito, causado por bronco espasmos.
Infeção urinária
É comum a partir dos três meses até um ano de vida, mas também pode ocorrer em crianças maiores. Geralmente a criança apresenta febre, mas não tem sinal de constipação ou gripe.
Otite
A infcção de ouvido ocorre geralmente quando a criança está com gripe e com congestão nasal. Costuma apresentar febre alta.
Pneumonia
A pneumonia é uma infeção mais grave dos pulmões e pode ser causada por vírus ou bactéria.
Infeções respiratórias das vias aéreas superiores
São as laringites ou faringites. É comum a partir dos quatro meses quando a criança começa a frequentar a creche. Nesse caso, a criança tem febre associada a nariz entupido ou a pingar.
Varicela
A varicela é causada pelo vírus herpes zoster. O contágio é por saliva, espirro ou tosse. Também ocorre quando as mãos entram em contato com vesículas contaminadas de alguém doente.
Diarreias
As diarreias ocorrem por transmissão de vírus. É comum principalmente em bebés que ficam em berçários. Geralmente a criança fica prostrada e precisa de muita hidratação. As diarreias são normalmente causadas por gastroenterites que também são muito frequentes, geralmente de origem viral, que não requerem tratamento específico, mas requerem constante hidratação oral. O bebé deve ingerir líquido suficiente (soro de reidratação oral) para não sofrer uma desidratação e pode apresentar vómitos, diarreia ou ambos.
Dermatite atópica
Doença crónica da pele que apresenta erupções que coçam e apresentam crostas. Pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica.
Tosse alérgica
É um tipo de tosse seca persistente que surge sempre que o bebé entra em contato com a substância alergénica.
Sapinhos
Os sapinhos, também conhecidos como candidíase oral, são uma infeção na boca que resulta do contato do organismo com o vírus. Pequenos pontinhos brancos que podem formar placas semelhantes a resto de leite podem surgir na língua, gengiva, parte interna das bochechas, céu da boca ou lábios, causando desconforto, irritabilidade e choro no bebé.
Doença das mãos-pé-boca
Comum nas crianças até aos 4 anos de idade, a doença das mão-pé-boca é epidémica e ocorre, geralmente, durante o verão e início do outono. Transmite-se através do contacto das mãos e pés com a mucosa da boca. Os sintomas costumam ser febre, bolhas na parte interior da boca (um a dois dias depois normalmente aparecem nas mãos e pés), que podem degenerar em úlceras dolorosas, perda de apetite, etc. A doença pode levar à perda das unhas das mãos e pés num período médio quatro semanas, não sendo doloroso e voltando as unhas a crescer rapidamente.
Sarampo
Este geralmente surge depois dos 12 meses de idade e provoca sintomas como febre alta, vermelhidão, lacrimejamento e coceira nos olhos, manchas branco-azuladas dentro da boca e manchas vermelho-arroxeadas na pele, o que deixa o bebé choroso, irrequieto e sem apetite. Quando o bebé contrai esta doença, o pediatra recomenda a ingestão de remédios analgésicos e antitérmicos, que aliviam os sintomas de dor, febre e desconforto, pois não existe tratamento para eliminar o vírus do corpo.
Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. A doença pode ser provocada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. A conjuntivite viral é muito contagiosa e, apesar de não ser uma infeção grave, é muito incomodativa. A infeção pode aparecer num olho ou contaminar os dois olhos. O contágio pode ser feito por contacto direto com alguém infetado ou com objetos contaminados. Isto aumenta a probabilidade de as crianças serem contaminadas na creche ou na escola. Para evitar o contágio dos pares, a criança doente não deve frequentar esses espaços até estar curada. Os sintomas passam por: olho(s) vermelho(s) e lacrimejante(s), inchaço nas pálpebras, comichão, desconforto em ambientes luminosos, visão nublada, ranho e tosse.
Como evitar algumas doenças?
O parto normal é a primeira contribuição que você pode dar à saúde do seu filho, pois o contato dele com as bactérias do canal vaginal ajuda a desenvolver resistência. Amamentar também é fundamental. Por meio do leite, a mãe transfere substâncias que atuam como anticorpos no organismo da criança e é por esse motivo que o aleitamento deve ser exclusivo até os 6 meses e complementar até os 2 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O terceiro passo é caprichar na introdução alimentar, incluindo frutas, hortaliças, carnes e leguminosas no cardápio infantil, a partir do segundo semestre de vida. Assim, você garante energia, vitaminas e minerais. Por fim, ensinar o seu filho a lavar bem as mãos – especialmente ao chegar da rua, depois de brincar ou de usar o banheiro, e antes das refeições – ajuda a mantê-lo livre de vírus e bactérias. Mesmo com tanto cuidado, é possível que um problema ou outro surja de vez em quando.
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