Nuno Markl é um dos apresentadores do programa 'Taskmaster', da RTP1, projeto que não o podia deixar mais orgulhoso.

"Fazer parte do Taskmaster (de volta no sábado!) é uma das grandes felicidades da minha vida. Poucas vezes gostei tanto de dar a cara (e o corpinho) por um programa de TV, e já fiz muitos", nota.

"É um formato hilariante, imaginativo, inteligente e parvo em simultâneo. Mas o que me encanta é a alegria que traz a famílias inteiras, desde avós a netos. É a televisão mais transversal em que me vi metido: é gostado por pessoas de todos os estratos sociais, de todas as sensibilidades - das mais alternativas às mais populares. Já vi pessoas tão diferentes umas das outras debater juntas, entusiasticamente, este programa. É lindo", defende ainda.

Tendo isto em conta, o radialista confessa-se surpreendido quando alguém contesta o programa na perspetiva de serviço público.

"É por isso que, quando me cruzo com alguém a barafustar que o Taskmaster não é serviço público e que o dinheiro dos contribuintes isto-e-aquilo, penso sempre se não será serviço público um formato que emana puro gozo multigeracional; um formato que estimula miúdos e adultos a organizarem as suas próprias sessões em casa e na escola, como já nos têm mostrado; um formato internacionalmente tão respeitado e premiado, que, em Inglaterra, tem uma versão educativa oficial só para escolas - Taskmaster Education - que tem trazido diversão e conteúdo didático a tantos miúdos", sublinha.

"Gostos, cada um tem o seu e é perfeitamente normal que haja quem não goste disto. Mas contestar a natureza de serviço público de Taskmaster parece-me tão despropositado como questionar a validade dos lendários Jogos sem Fronteiras na programação da RTP, nos anos 80. Também sou contribuinte, e parte dos meus impostos pagaram coisas que vão contra os meus princípios - transmissões de touradas, por exemplo", diz ainda.

"Pelo menos em Taskmaster ninguém sofre - a não ser a eventual melancia - e quem se deixa levar pela pura delícia que é brincar e ver brincar, arrisca-se a uma salutar explosão de serotonina. Voltamos sábado à noite, na RTP1", completa.