A atriz Sónia Brazão estava completamente alcoolizada no dia da explosão do seu apartamento em Algés, em 3 de junho de 20011 – sustenta a Acusação no processo que começa a ser julgado na próxima terça-feira, no Tribunal de Oeiras.

Segundo relatórios médicos, as análises feitas a partir de colheitas realizadas 21 horas depois do acidente mostraram que Sónia tinha 0,89 g/l de álcool no sangue, além de substâncias canabinóides, opiáceos e benzodiazepinas (ansiolíticos).

Feitas as contas, e considerado o intervalo de tempo entre a hora da explosão e o momento das colheitas de sangue e urina, a Medicina Legal concluiu que no dia fatal a atriz teria uma taxa real de álcool no sangue de 4,27g/l.

A atriz, que sofreu gravíssimas queimaduras no acidente, é acusada de ter aberto deliberadamente os bicos e o forno do fogão da cozinha, pelo que vai ter de responder por “crime de explosão” e pelo “crime de libertação de gases tóxicos ou asfixiantes”.

De acordo com a teoria dos investigadores policiais, o gás espalhou-se pela casa de Sónia durante três horas, pelo menos, e a explosão aconteceu quando a máquina de lavar roupa foi ligada.

Os acusadores sustentam que a atriz pretendia suicidar-se e alegam que já tinha feito outras tentativas no passado.

Do outro lado, os advogados de Defesa de Sónia alegam que a atriz nunca tentou suicidar-se e que não ligou os bicos do fogão, nem a máquina de lavar.

“(Sónia) deitou-se de madrugada no sofá da sala com o gato e somente acordou com a explosão e envolta numa bola de fogo” – dizem os defensores da atriz.

Em caso de condenação, Sónia Brazão corre o risco de uma pena de prisão que pode chegar aos cinco anos.

Além disso, ainda tem de enfrentar pedidos de indemnização de milhares de euros por parte de três dezenas de pessoas, que viram os seus automóveis e outros bens danificados pela explosão.

Clique em Fotos, sobre a imagem, e veja como ficou o apartamento da atriz depois do acidente.