O escândalo sexual à volta de Harvey Weinsten continua e agora ganha novos contornos, com a mais recente denúncia de Salma Hayek. A atriz revelou que o famoso produtor de Hollywood a ameaçou de que não terminaria o filme dos seus sonhos - ‘Frida’ - se não “concordasse em fazer uma cena de sexo com outra mulher”, neste caso, Ashley Judd.

“Ele exigiu um nu frontal na totalidade”, sublinhou a artista, numa carta aberta que escreveu ao The New York Times. “Ficou claro para mim que nunca deixaria que eu terminasse o filme sem que ele tivesse a sua fantasia de uma maneira ou de outra. Não havia espaço para negociações. Tive de dizer que sim”, afirma.

Hayek, de 51 anos, disse que se sentiu encorajada a fazer a denúncia sobre o homem que considera como “o meu monstro”, através das inúmeras queixas que têm vindo a ser feitas com Harvey, nas últimas semanas.

“Quando tantas mulheres se chegaram à frente para descrever o que o Harvey tinha feito com elas, tive de enfrentar a minha covardia e aceitar humildemente a minha história, com a importância que tinha para mim, mas que não era mais do que uma gota no oceano de tristeza e confusão”, lamentou .

Antes de ter feito a proposta indecente, Salma garante que Weinstein a perseguiu e que por um longo período de tempo teve de fugir às suas 'investidas'. A artista descreve que o produtor lhe aparecia de surpresa no quarto à noite e que chegou a pedir para vê-la a tomar banho ou até mesmo para lhe fazer sexo oral.

Na altura, o produtor foi mais longe e passou mesmo às ameaças: “Vou matar-te, não penses que não consigo”, terá dito o produtor na época.

De recordar que Harvey Weinstein enfrenta uma série de processos em tribunal resultantes de múltiplas queixas de artistas que trabalharam com o mesmo ao longo das últimas três décadas.