Habituou-nos a vê-lo num registo de muito humor, mas nestes últimos tempos também tem sido um livro aberto no que diz respeito à saúde mental. Aliás, foi esse o 'mote' para o seu podcast 'Somos Todos Malucos'.

Dos palcos da comédia e da casa das Marias [as filhas Maria Leonor, Maria Rita e Maria Inês, fruto do casamento com Catarina Raminhos] até à rubrica 'Quando Era Pequenino', do Fama ao Minuto, fique a conhecer algumas curiosidades 'antigas' de António Raminhos.

O prato favorito na infância (e quem o preparava) e a comida que não gostava e que agora gosta?

Adorava uns bifes que a minha mãe fazia no forno. Eram bifes de peru com fiambre e queijo por cima e depois um molho de natas que ia a gratinar. Adorava aquilo! O problema é que não como carne já há vários anos, mas ainda penso muitas vezes se algum dia conseguirei replicar isto numa versão veggie ou vegan. O melhor é estar quieto e não destruir as memórias de infância!

As comidas que não gostava em miúdo, são as que continuo a não gostar! Tipo favas e ervilhas com ovos escalfados. Nem consigo dizer há quantos anos não como favas.

Quem era a pessoa que mais admirava?

Sempre admirei o meu irmão mais velho. Temos uma diferença de idades bastante grande (18 anos), mas o meu irmão sempre foi muito palhaço e quando brincava alinhava sempre nas cenas mais parvas. Muitas vezes eram promovidas por ele. Desde lutas de bisnagas e encharcar a casa toda até a nossa mãe se passar da cabeça. No Carnaval, comprava sempre bombas e porcarias para partidas, jogávamos playstation… tudo!

Quais as melhores férias quando era pequenino?

As minhas férias eram sempre no Alentejo, onde os meses de verão pareciam intermináveis. Passava os dias na rua a jogar à bola ou no mato. Quando não estávamos nisto, os dias eram passados na praia e a noite no salão de jogos.

A que dia voltava na infância? E porquê?

Não há um dia específico, acho. Há memórias que se perdem no tempo. Talvez voltasse aos dias menos bons em que me sentia desamparado, mas com o entendimento que tenho hoje. Quase como viajar no tempo para poder dizer àquele puto que estava tudo bem e que não fazia mal arriscar. Olha, como por exemplo, no desporto que eu gostava muito e que acabava por desistir das modalidades porque não tinha ninguém que me dissesse que é normal errar, que é normal ter medo.

Complete a frase: Se voltasse à minha infância, nunca… tinha deixado de dizer às raparigas aquilo que sentia.

António Raminhos© Disponibilizada por António Raminhos / Paulo Spranger-Global Imagens