Pedro Ribeiro esteve no 'Júlia', da SIC, na tarde de segunda-feira, dia 17 de julho, onde falou da carreira e também partilhou alguns momentos pessoais.

Entre as histórias, o diretor da rádio Comercial foi questionado pela apresentadora Júlia Pinheiro sobre um episódio marcante da sua vida, quando a filha Mafalda esteve desaparecida.

"Ela tinha dez, 11 anos, e tinha mudado de escola, estava num colégio e mudou para uma escola pública. Ela tinha que entrar numa carrinha de um ATL e umas semanas antes nós fomos ensaiando a coisa, qual era a carrinha, quem eram as pessoas...", começou por recordar.

"Mas no primeiro dia de escola, ligam-me para a rádio à tarde, do ATL, a dizer que ela não tinha ido. Liguei à Filomena, mãe da Mafalda, e perguntei se a Mafalda tinha ido à escola. Ela disse que sim e eu respondi a dizer que ela não estava no ATL. A partir daí é o que é, ligas para todo o lado", relatou.

"Vou da rádio para a escola, quando lá chego faz-se uma vistoria completa e não estava lá. Percorremos os contactos dos pais, não estava em lado nenhum. Fizemos o caminho para casa da mãe e não estava. Fomos aos parques infantis e não estava, nem no supermercado... Isto foi uma hora e tal sem saber dela. E há uma altura ali em que sabes que já esgotaste todas as possibilidades. Ela não estava em lado nenhum", acrescentou.

"Lembro-me de estar ao telefone com a Filomena e dizer que a nossa filha não estava em sítio nenhum, que tinha desaparecido. Foi na altura do Rui Pedro [caso da criança que desapareceu em 1998 e nunca mais foi encontrada]. Mesmo não tendo esta experiência, qualquer pessoa que tenha filho e que tenha vivido isso na altura, projetou na sua vida, de certeza, a dada altura. É possível uma criança evaporar-se e nunca mais a veres", destacou.

Um momento que ficou gravado na sua memória. "Aquelas coisas que são tão marcantes que tu sabes o sítio onde estavas. Cada vez que passo ali lembro-me que ia naquele sítio e tocou o telefone. Era um número desconhecido e era a Mafalda", lembrou.

"Eu morri. Quando ouvi a voz dela eu agradeci a tudo. Chorei, ri", contou, explicando que a filha tinha entrado na carrinha errada e estava num outro ATL.

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