Nuno Markl voltou a pronunciar-se sobre um dos assuntos que está a gerar maior discussão em Hollywood: o assédio sexual. Uma das últimas personalidades a serem indiciadas no caso foi Morrissey, não por ser acusado de algo em concreto, mas por ter defendido Kevin Spacey.

Na sua página de Facebook, o radialista deixou a sua opinião bem formada.

“Eu cresci a ouvir os Smiths (e o Morrissey a solo). Na série 1986 há várias referências a isso. Mas há que admitir que isto é grotesco. O que me parece que se passa com o Morrissey é que é um gajo tristemente aprisionado na sua marca registada de Indivíduo Que Diz Coisas Desagradáveis. E manter-se relevante e a dar nas vistas é cada vez mais lixado quando se é velho e se tenta sobreviver num mundo cheio de ruído”, lamenta.

“A razão pela qual as canções do Morrissey me diziam algo é porque raros foram os artistas pop a capturar com tamanha franqueza a dor da solidão, do desajuste, da inadaptação adolescentes. Mas não era suposto a solidão, o desajuste e a inadaptação estarem relacionadas com o facto de se ser uma besta - nunca foi esse o espírito de How Soon Is Now, ou de Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me. Mas agora parece. Com esta, Morrissey parece merecer a solidão a que se votam os parvalhões”, termina.

Reveja o caso, aqui.