José Eduardo Moniz continua a ser um homem sem papas na língua. No dia em que apresentou "Equador", a série televisiva mais cara até hoje produzida em Portugal, o director-geral da TVI não se esqueceu de referir que a concorrência está cheia de inveja do bom desempenho do seu canal.

Há alguns meses, o actor Virgílio Castelo, que também é consultor para a ficção da SIC, afirmou que a ficção nacional (leia-se, a da TVI) não reflectia a realidade social, mas que esse panorama estava prestes a mudar com a chegada da telenovela "Podia Acabar o Mundo". Tal declaração provocou muita polémica na altura e ainda não está esquecida.

Esta semana, Moniz lembrou-se dela e mandou, mais uma vez, um recado a Virgílio Castelo: "Quem diz essas coisas só tem dor de cotovelo, não sabe do que fala", começou ele por dizer.

O director da TVI considera que aqueles que fizeram tais comentários "são pessoas frustradas" e que isso só acontece "porque nunca aprovámos projectos dessas pessoas ou porque não têm qualidade para entrar na ficção que a TVI faz."

Arrumado este assunto, José Eduardo Moniz fartou-se de referir como está orgulhoso de ver a série "Equador" pronta a estrear - o que irá acontecer a 21 de Dezembro.

"Foi complicado fazer esta série, porque envolveu grandes meios financeiros, técnicos e humanos. Desde o momento da decisão de fazer ‘Equador' até à sua conclusão, foi necessária muita energia e força de vontade. Espero que os telespectadores reconheçam esse empenho numa coisa tão grandiosa", disse Moniz.

José Eduardo Moniz espera que o investimento feito na série de 26 episódios valha a pena. Só o FICA (Fundo de Investimento para o Cinema e o Audiovisual) cedeu quase 2,5 milhões de euros para a série baseada no livro de Miguel Sousa Tavares. A TVI não quis avançar quanto disponibilizou para a produção, mas não investiu tanto como o FICA. "O apoio deles foi muito, muito significativo", observou José Eduardo Moniz.

Vanessa Amaro (texto)