Marcantonio Del Carlo voltou a falar da sua luta pela nacionalidade portuguesa quando esteve no 'Júlia', da SIC, esta quinta-feira, dia 8 de fevereiro.

"O meu processo, neste momento, está na conservatória do arquivo central do Porto. Quem é residente legal, como eu, apresenta o processo e depois esse processo passa para essa entidade e fica lá em avaliação. Neste momento nem sequer foi avaliado", começou por dizer.

"Sempre quis ser português, mas a primeira vez que submeti o processo, [o mesmo] não foi bem conduzido pela advogada que tive nessa altura. Tenho um documento em falta, que é o documento do cadastro criminal da Rodésia, que hoje é Zimbabué, onde nasci e de onde me vim embora com seis meses. Com seis meses, só se tivesse roubado um biberão a outra criança. E esse cadastro é impossível obtê-lo porque era outro país", explicou, referindo que está agora com um novo processo a decorrer e que foi feito em outubro.

"Espero que esse processo seja definitivamente aceite. Tudo prova aquilo que era preciso provar, que eu estou desde os 15 anos em Portugal", acrescentou.

"Agora se não me derem nacionalidade, vou desistir de vez. E se não me derem é mesmo por teimosia burocrática", afirmou, frisando que é a sua "última tentativa".

De recordar que o ator já esteve casado com três mulheres portuguesas e tem uma filha, Simone, fruto do último casamento com Iolanda Laranjeiro.

"O que é curioso é que houve uma senhora que me foi apresentada - por portas e travessas - que por sua vez trabalhava com um advogado, que me disse: 'Você dá-me cinco mil euros, vamos a Portalegre e na hora você tem o bilhete de identidade português'. Portanto, eu com cinco mil euros 'resolvia' o meu problema. [Mas não quis] porque, primeiro, achei aquilo tudo muito estranho e, segundo, mesmo que percebesse que conseguia obter aquilo, prefiro que não me deem mas ir pela via legal", contou ainda.

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