Além da apresentação do "Top +", o que está a fazer?
Continuo com os meus desfiles pelo País, tenho ainda a campanha da Triumph e continuo a estudar representação. Estou ansiosamente à espera que a série "Maternidade" vá para o ar na RTP, porque acho que é o meu primeiro grande trabalho. Deu-me muito gozo. É um trabalho maravilhoso, em que foi bom despir a pele de Isabel Figueira e viver a vida de outra pessoa, ainda que durante algumas horas. É terapêutico de certa forma.
Para si, o que é ser actriz?
É um trabalho maravilhoso. À medida que estudo e aprendo, cada vez mais respeito tenho por esta profissão.
E o seu namorado, Pedro Barroso, ajuda-a?
Claro que sim. O Pedro é um prodígio, um excelente actor. Tem 24 anos e é uma pessoa muito metódica e pragmática na maneira como estuda as coisas. É muito minucioso. O Pedro consegue chegar às personagens instintivamente, trabalha isso minuciosamente e ajuda-me. O Pedro ajudou-me muito a construir esta última personagem ("Laura" em "Maternidade"), no sentido em que eu tinha as minhas ideias e ele dizia-me ‘Está óptimo, maravilhoso, mas agora faz'... E eu tinha aquela vergonha de fazer à frente dele. É ridículo, eu sei, mas acaba por ser a pessoa com que estamos mais à vontade e, de certa maneira, não o queria desiludir. Acima de tudo, não quero desiludir-me a mim própria e não quero desiludir a minha personagem. Quero ver a série "Maternidade" e perceber que está lá a "Laura Brito" e não a Isabel Figueira.
Vê-se que adorou o seu papel em "Maternidade"...
Tive situações maravilhosas, chegando mesmo a ficar com a lágrima no canto do olho (Isabel emociona-se). Tive emoções e sensações que me rasgaram por dentro que não consigo explicar, só vivendo mesmo. Amei esta personagem. A "Laura" tem graves problemas com a filha porque teve de a deixar muito cedo com os avós e veio para Lisboa estudar enfermagem, pois era aquilo que mais gostava. A série começa quando a "Laura" traz a filha para Lisboa e vive alguns problemas com ela, porque a menina quer voltar a viver com os avós, pois foi criada com eles. A "Laura" tenta conquistá-la e vai procurar a todo o custo um marido e não consegue encontrar. A "Laura" vai viver muita revolta.
Como a "Laura", era capaz de deixar o seu filho, Rodrigo?
Não deixaria o meu filho. Era a mesma coisa que eu ir agora para os EUA estudar representação e deixar o meu filho. Nunca na vida! Sou muito diferente desta personagem, mas tenho uma coisa em comum: ser mãe.
O Rodrigo vai ver a série "Maternidade"?
Claro que vai. Aliás, o Rodrigo foi assistir às gravações e ficou quietinho. Ele já consegue distinguir quem é a mãe e a personagem.
O que está a estudar, em termos de representação, neste momento?
Estou a tirar vários worshops e vou ter aulas de voz em minha casa, eu e o Pedro, com um professor.
Isabel Figueira
Este artigo tem mais de 14 anos
Entrevista com Isabel Figueira Já é bem conhecida dos telespectadores como apresentadora do "Top +", da RTP, mas Isabel Figueira sonha mais longe e quer tornar-se numa actriz bem sucedida. Deu mostras do seu talento na série da RTP1 "Um Lugar Para Viver" e vai surgir, em breve, em "Maternidade", também no canal público, onde interpreta o papel de uma enfermeira. Em casa, conta com o apoio de um professor muito especial: o actor Pedro Barroso, seu namorado.
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