O funeral de Diana de Gales realizou-se há 20 anos, seis dias após a sua morte num acidente de automóvel no Tunel de l'Alma, em Paris. A cerimónia teve lugar na Abadia de Westminster, em Londres. Elton Jonh, que cantou uma versão de «Candle in the wind» reescrita para homenagear Lady Di naquele que seria um dos momentos mais emotivos do evento, foi uma das cerca de duas mil personalidades vindas de todo o mundo.

O ator Tom Hanks, o realizador Steven Spielberg e o cantor George Michael, amigo e confidente da princesa, foram alguns dos nomes mais sonantes. «O acontecimento mundial é transmitido em direto pelas televisões de todo o mundo. A cerimónia de 6 de setembro está à altura do culto da santa Diana, que se apoderou dos fiéis», relata Marc Roche, jornalista, no livro «Isabel II - Uma vida, um reino», publicado em Portugal pela Editorial Presença.

«Com efeito, três milhões de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre, em comparação com o milhão que assistiu ao casamento dos príncipes em 1981», refere ainda. Em casa, através da televisão, foram 2,5 mil milhões de espetadores, emocionados, em frente ao ecrã. A inesperada morte de Diana de Gales obrigou a Casa de Windsor a organizar rapidamente uma cerimónia que estivesse à altura do carisma da princesa.

«Para o efeito, [a corte] inspira-se nos planos há muito organizados pelo palácio para as exéquias da rainha-mãe, que fica furiosa por lhe roubarem o seu enterro», assegura Marc Roche. Depois da cerimónia, os restos mortais de Lady Di são transferidos para o castelão de Althorp, um túmulo solitário, afastado do jazigo familiar de Great Brington, numa ilhota propriedade da família, encerrada ao público. Em 1998, foi lá aberto um mausoléu que reúne objetos pessoais da princesa.

Texto: Luis Batista Gonçalves