Depois da conversa de Woody Allen com Ricardo Araújo Pereira esta quinta-feira, dia 15 de setembro, em Lisboa, com a plateia esgotada, Eduardo Madeira lamentou não ter estado presente.

Numa publicação que fez na sua página de Instagram, o comediante começou por revelar: "Woody Allen foi, a par de Eddie Murphy, Peter Sellers, Monthy Phython, Mel Brooks ou Herman José, um dos comediantes que me fizeram abraçar a arte do humorismo".

"Tal como ele, comecei a escrever piadas para TV, rádio e teatro e só mais tarde me tornei ator e performer. Li todos os seus livros avidamente. Pérolas autênticas. Acompanhei de longe as notícias nebulosas sobre o seu lado íntimo. Interessa-me sobretudo a obra. Tal como me interessa mais a obra de Picasso, Miles Davis ou Marlon Brando do que os seus feitios, taras e comportamentos duvidosos", acrescentou.

"Não percebo muito bem esta ideia recente de os artistas terem de ser modelos de virtudes. Os artistas fazem arte, não são padres, políticos ou líderes morais ou éticos. Woody Allen é um génio. Tive pena de não o ver a ser entrevistado pelo RAP [Ricardo Araújo Pereira]. Muita pena. Talvez não tenha outra oportunidade", completou.